Associação de Plastimodelismo do Rio de Janeiro

Ricardo, que montagem excelente! Espetacular. E é quase a mesma versão que o Bretas estava montando, só que o dele ele fez verde, com as mesma marcações...

Vamos continuar acompanhando....

Embora o trabalho não tenha evoluído tando quanto eu pretendia aí vai mais uma atualização para não deixar o tópico as moscas.

O excesso de photo-etches e os inúmeros scratches tem sido o maior motivo do atraso. O objetivo agora é tentar fechar o mais breve possível a fuselagem. Porém como muita coisa vai ficar a vista com a cabine aberta, eu estou investindo um pouco mais no detahamento dessa parte.

Aqui algumas peças que já receberam primer, incluindo o curioso porta ferramentas que vai ficar atrás do banco.



Outras peças já receberam uma camada base de preto, porém aqui a triste constatação de que o plástico da Trumpeter as vezes reage mal ao solvente automotivo, o que vai me obrigar a dar uma polida em algumas peças novamente antes de aplicar a pintura final.



Alguns dos painéis e caixinhas de photo-etche do interior já montados. Embora não pareça isso tomou um tempo absurdo. Só esse painel assinalado levou 8 peças em photo-etch além de um suporte feito em plasticard e 2 manetes em scratch.



No entanto a peça mais interessante da semana foi o banco refeito em scratch. Eu não estava muito conformado com o banco do kit e revendo fotos de um avião restaurado, cheguei a conclusão que o banco era feito com uma simples chapa de aço dobrada e que tinha o formato muito mais simples do que normalmente é representado nos desenhos. Daí percebi que não seria difícil reproduzí-lo cortando e dobrando plasticard no formato apropriado. A parte de baixo também foi refeita com plasticar cortado e colado no formato do fundo do banco.





No momento só falta colocar nele a almofada de cima que será aproveitada do banco original do kit e a das costas que provavelmente será feita em scratch, além dos cintos que só irão para o lugar depois da pintura.





Um teste de encaixe do banco com a gaiola:





E um teste do conjunto com a cabine fechada e canopi aberto:



Eu coloquei algum suportes na parte de baixo do banco de forma que o encosto encaixe neles. Isso vai me permitir mascarar o interior com mais facilidade na hora da pintura externa pois o encosto poderá ser colado por cima no final da montagem.







Por enquanto é só.

Abs,

Ricardo

Mestre Ricardo,

Tá um show!

Uma verdadeira aula!

Tô aqui só babando!

Abração,

Lindão!

Excelente trabalho Ricardo, parabéns!
Já decidiu sobre a cor que vai usar no interior?
Um abraço!

Brettas escreveu:Excelente trabalho Ricardo, parabéns!
Já decidiu sobre a cor que vai usar no interior?
Um abraço!

Brettas,

A principio vai ser o primer azul-esverdeado ou azul claro com o piso em verde, mais ou menos como o dessa restauração.






Abs,

Ricardo

Muito bacana!

Caro Doutor,

Voce anda nojento!!!! :prop: :bum:

lfragelli escreveu:Caro Doutor,

Voce anda nojento!!!! :prop: :bum:

Caro Dr L,

A sua pessoa há de convir que essa se trata de uma proposta themáctica bastante sui generis que está a exigir todo o cabedal de sapiência do humilde artífice que vos escreve.

R.

Um luxo, um luxo. Tô na platéia!

Eu não confiaria no verde do piso. é um primer usado posteriormente à época do mig-3. Pode ser azul ou cinza.

Na armação da gaiola eu indico o cinza escuro (neutral gray ou dark sea gray).

Na parede, azul vai bem, ou o cinza.

Painel preto.

Cadeira, cinza ou azul.

Júlio Urubu escreveu:Eu não confiaria no verde do piso. é um primer usado posteriormente à época do mig-3. Pode ser azul ou cinza.

Na armação da gaiola eu indico o cinza escuro (neutral gray ou dark sea gray).

Na parede, azul vai bem, ou o cinza.

Painel preto.

Cadeira, cinza ou azul.

Julio,

Teu ponto de vista faz sentido, mas eu passei a dar um pouco mais de crédito a essa restauração depois que eu achei essa foto na Russavia. É do início dessa mesma restauração e são peças do mecanismo do pedal ainda com restos da pintura original, ao que me parece é o mesmo primer verde que foi usado na restauração. Isso me leva a pensar que eles refizeram a pintura tomando por base os resíduos da pintura anterior que foram encontrados nas peças.



As fotos de época realmente mostram alguns aviões com a estrutura tubular em cinza, mas segundo a Mushroom eram usadas várias cores diferentes, inclusive em azul claro e também no mesmo azul AII que era usado por baixo. Dá para perceber alguns resíduos de azul claro nestes restos de interior de Mig-3 :



Foi por essas razões é que eu resolvi reproduzir mais ou menos as mesmas cores dessa restauração.

Abs,

Ricardo

Apenas complementando:

Pesquisando um pouco mais sobre as cores do interior, a gente acaba encontrando outras fontes que comprovam que os procedimentos de pintura eram muito variados.

Essas 3 fotos são de restos de um outro avião de onde se pode perceber alguns detalhes interessantes:







Observando essas fotos a gente pode perceber que as seguintes cores foram usadas nesse avião:

- Os painéis eram pretos;

- A coluna do manche aparenta ter sido pintada em cinza claro;

- Não dá para saber ao certo a cor usada na estrutura tubular, mas tem um par de rodas e algumas chapas no fundo pintadas no primer verde ALG-5. Aparentemente algumas outras partes foram pintadas em um cinza médio.

- Não dá para ter certeza da cor do fundo do banco, talvez esteja no metal natural. Mas o encosto parece ter sido pintado no mesmo verde da camuflagem exterior.

Um detalhe interessante que o russo que postou essas fotos no ARC apontou é que sob o painel de instrumentos há um painel base pintado de branco. Isso explica porque em algumas fotos P&B de aviões capturados o painel parece cinza claro. Na verdade o painel preto de cima foi removido e o que está aparecendo é o painel branco de baixo:





Nessa segunda foto foi assinalada a cor escura da estrutura tubular. Segundo algumas fontes essa cor seria o primer ALG-5.

E aqui uma segunda restauração que com excessão da coluna do manche segue mais ou menos o mesmo padrão da que eu estou usando como referencia:



Abs,

Ricardo

Ricardo,

Estou lendo o livro "Colors of the Falcons", sobre pinturas e camuflagens russas na WWII, e fica claro que não se pode falar em padrões rígidos quando se fala das pinturas da aviação russa. Dependendo da fábrica, do tipo de tinta, que eram várias, da ação do tempo sobre as tintas, do momento da fabricação ou manutenção do avião e outras coisas mais, as pinturas de interior e exterior variavam muito.

O livro mostra uma foto de uma linha de produção de Yak-1 com varias estruturas tubulares da fuselagem sendo montadas lado a lado, metade delas está com uma cor clara e a outra escura, parencendo respectivamente cinza azulado e verde escuro. A legenda diz que dentro da mesma fábrica uma equipe pode pintar com uma cor e a outra com outra. Guerra é guerra!

Ele cita um cinza, que devido aos seus componentes químicos e às condições de armazenagem da tinta, poderia variar de cinza esverdeado a cinza azulado! Coisa de doido querer determinar a cor exata!

Mostra também que as cores variavam no mesmo avião, dependendo do material da parte pintada, se fosse sobre metal era uma cor, se fosse sobre a parte entelada era outra, menos viva.

Por isso eu acho que não devemos sofrer com a escolha das cores.

Para quem gosta do assunto, vende na Illiad (http://www.iliad-design.com/falconsbook.html)

Abraço,

Mobi,

É mais ou menos aí que eu estou tentando chegar. Claro que eu nunca não vou dizer a ninguém que pinte o interior de um MiG ou de um Yak de vermelho e preto pois corro o risco do Julio gostar da idéia e do César ter um infarte. Mas acho que dentro dos padrões conhecidos voçe pode ter uma certa flexibilidade uma vez que tudo indica que haviam muitas variações nos padrões de pintura. Dentro de um mesmo avião voçe poderia ter partes pintadas de cores bem diferentes uma vez que algumas peças vinham pré pintadas de fontes diversas. Cabe lembrar ainda que o avião que eu estou fazendo é de um dos últimos lotes de produção e acho que foi feito em uma fábrica que havia sido recentemente deslocada em função do avanço alemão. Portanto vai a gente ter certeza de qual o procedimento que foi usado no interior dele, não me admiraria um dia descobrir que algumas partes foram sequer pintadas.

Mobi escreveu:
Mostra também que as cores variavam no mesmo avião, dependendo do material da parte pintada, se fosse sobre metal era uma cor, se fosse sobre a parte entelada era outra, menos viva.

Sobre isso, ainda na mesma restauração foi usado também o primer amarelo ALG-1 nas partes de madeira que ficam atrás da cabine. Esse procedimento é descrito no site de referencia: http://mig3.sovietwarplanes.com/colors/color-table.html






Abs,

Ricardo