Associação de Plastimodelismo do Rio de Janeiro

Continuando a montagem das superfícies de comando das asas e profundores:



Assim como a montagem das asas, são poucos os encaixes macho/femea para a união das peças, que seguem o mesmo estilo da parte principal das asas, e embora as superfícies de controle venham separadas não é possível, pelo menos não sem uma pequena dose de trabalho e paciência, fazer o kit com os flaps abaixados ou com os profundores e ailerons numa posição diferente da neutra, achei isso uma pena.



o encaixe dos flaps, apesar de ser preciso no dry fit, precisa ser feito em duas fases para evitar problemas, A primeira requer um pouco de cola apenas para achar a melhor posição, e depois a colagem definitiva passando cola pela parte interna do encaixe para evitar que ela tape a linha que existe normalmente entre a asa e a superfície móvel(ex: flap, profundor, ailerons...)



só foi necessário o uso de pregador de roupa na ponta do flap direito, o resto, foi apenas juntar, colar e esperar secar... sem putty ou lixa, um sonho para qualquer modelista!







mas como tudo que é bom dura pouco... esse kit tinha que ter alguma rata por assim dizer, e eu ainda não havia atentado até a hora de fazer o teste de encaixe das asas na fuselagem, não uma longarina ou pino, seja na asa ou no encaixe da asa, que garanta firmeza e o angulo correto das asas quando da sua montagem.

Se aqui a Eduard tivesse usado o mesmo sistema do kit da tamiya, com longarinas passando pela fuselagem e entrando pela asa, a montagem desta parte teria sido muito mais tranquila e menos propensa a frustações numa fase mais adiantada do kit.



Nas duas asas foi preciso seguir o procedimento de colocar um pouco de cola para achar o melhor posicionamento para depois partir par a colagem definitiva, e apesar do encaixe na parte de baixo ter sido preciso e sem falhas, já na parte de cima, na junção do bordo de ataque com a fuselagem, ocorreram duas frestas nos mesmos locais, tanto do lado direito como no esquerdo:





Nada que não possa ser resolvido com facilidade, mas como disse anteriormente, fiquei mal acostumado com a montagem das peças do cockpit

Agora é dar o devido acabamento, e partir para a colagem dos profundores, espero que eles não sigam as asas no quesito "frestas".

abs,

Joker

Desistiu? Se ainda não pintou ola aqui uma alternativa interessante.

DROGA!!! se eu tivesse visto essas fotos antes...

Se bem que tem um vidro de fluío de freio fechadim aqui em casa...

Pessoal, depois de um longo período afastado, estou vindo aqui para dar as devidas explicações sobre o porque do abandono deste tópico: O "burraldo" que vos escreve fez uma bobagem na montagem das janelas do cockpit e na tentativa de reparar o erro só conseguiu aumentá-lo.

Por conseguinte, o Hellcat acabou ficando um tempo encostado até que eu conseguisse uma solução que não pusesse o kit a perder e está veio a pouco mais de um mês e meio antes do evento da APRJ.
Como eu queria terminar o modelo a tempo do evento, optei continuar o registro fotográfico da montagem mas só publicar as fotos após o meu retorno para Fortaleza.

Isto posto, creio que podemos retomar de onde paramos:

A montagem dos profundores na fuselagem ocorreu sem nenhum problema, frestas e afins sendo necessária apenas uma pequena quantidade de cola para dar firmeza às peças.

Isto feito, foi a vez do cooling do motor, composto por 3 peças:



No teste seco, os encaixes foram satisfatório, sendo necessário aplicar putty apenas na parte de baixo do cooling:



Depois de lixado, o encaixe da parte da frente ocorreu sem maiores problemas:





E melhor ainda foi perceber que no teste de encaixe com a fuselagem, novamente encaixe preciso e sem batentes:



Depois disso, foi a montagem do motor em si, este é composto por 5 peças:



para a pintura do motor, eu apliquei seladora e tinta preta automotiva como primer antes da aplicação do metal do corpo dos cilindros:



Depois das peças pintadas, eu olhei para o motor e achei que estava faltando algo, dei uma checada e vi a falta das mangueiras e cabos do motorzão estavam fazendo. Graças aos restos mortais de um dos muitos mouses falecidos por conta das partidas de COD, eu consegui os fios de cobre na espessura adequada para representar as tais mangueiras:



No teste de encaixe com o cooling, eu vi que a única coisa que is se ver mesmo seriam os cabos da primeira estrela de cilindros, então para economizar tempo resolvi por fazer apenas estes, já que o resto ficaria oculto pelo capô. Depois de colados com bonder e muita paciência, mais paciência do que bonder, foi feita a pintura dos cabos com tinta decorfix e o wash com marrom de garanza, eis o resultado:



Agora com o kit ganhando forma foi a vez de atacar o trem de pouso, e ao olhar o manual de instruções com os passos da montagem e as peças utilizadas, me lembrei do Filme "Amadeus" quando o imperador da Austria ao assistir o ensaio de uma das primeiras óperas encomendadas a Mozart, diz que "...a ária é magnífica, mas possui notas demais, retire algumas e ficará perfeita..." foi a mesma impressão que eu tive ao montar o trem de pouso. A injeção, detalhes e delicadeza das peças é excelente, mas são tantas peças e algumas tão pequenas que depois de coladas algumas simplesmente se "perdem" no conjunto em assim sendo achei melhor mostrar apenas o resultado depois de pronto:











Mas uma coisa há que se dizer, as peças ficam firmes sem margem de erro no alinhamento ou inclinação das mesmas e é preciso pouca cola para ter solidez na junção das peças

Isto feito, é chegada a hora de colar as últimas peças da fuselagem antes de começar a pintura

pitot na asa direita:



As descargas do motor foram furadas e coladas:





o furo do cabo da antena que entra na fuselagem do lado direito:



o gancho de aterrissagem, aui a Eduard ofereceu duas opções, uma com o ganco recolhido, apenas com a pinta para ser colada na fuselagem, e outra com o gancho completo para ser montado estendido, optei por fazer o gancho recolhido pois facilita o manuseio e evita riscos desnecessários:



Uma visão geral do trabalho, antes de tascar tinta:



mais tarde eu continuo o trabalho

abraços

Joker

Já não era sem tempo.

Seu Joker, tenho dois favore para lhe pedir:

1. Podia escrever um "resumo" da montagem m descrevendo o passo a passo com pontos negativos e positivos que encontrou, para complementar o review "in box"?

2. Me mande pvt com endereço para te mandar aquela paradinha

Que história é essa de colocar somente fotos da montagemk!?!
Eu vi o bichão pronto lá no evento?
Coloca o resto aí sô!
Um abraço,
Brettas

Continuando, depois do kit pronto para pintura e as correções daquilo que ainda podia ser visto antes da pintura, foi aplicada a seladora ou promotor de aderência para tinta automotiva em camadas finas sem "molhar" a superfície, como ela fica transparente depois de aplicada, não havia como registrar o seu efeito não aparece nas fotos , ela demora cerca de 10 minutos para curar totalmente, e depois de seca a tinta aumotiva tem sua aderência ao plástico muito melhorada.
Como o kit teria as superfícies inferiores pintadas em branco, optei por usar primer branco para facilitar a cobertura do branco na pintura definitiva.
A pintura começou com a aplicação do Yellow Chromat Zinc, misturado com base na cor da Aeromaster, na parte interna do cooling e base do motor:





Aqui é possível ver com clareza a "telinha" feita com a meia calça furtada da minha genitora e colada com superbonder.

Uma geral do kit com o canopy e parabrisa já mascarados e com a seladora aplicada:





Isto posto, o primer branco foi aplicado no kit e partes menores como pneus e hélices:







A vantagem que eu vi nesse primer é que além de facilitar minha vida com a pintura do branco ele tem uma resistência maior que o primer cinza, permite ser riscado com o scriber por cima sem arrancar ou um "polimento" com brombril para alisar a superfície retirando as imperfeições da pintura, eventuais cuspidas de tinta e efeitos casca de laranja que possam ocorrer nas junções da asa ou profundores com a fuselagem. Sem contar a resistência ao thinner... mas essa eu conto mais pra frente

Nos canopys eu optei por não usar primer por cima da seladora mas pintar direto o verde interior para representar a pintura interna da estrutura da cabine e só depois aplicar o primer, numa camada fina:



Para ganhar tempo, eu resolvi começar a pintura pelas hélices e pneus, que no meu caso são essas coisas que eu normalmente deixo para o final e acabam me atrasando na finalização do modelo:

primer aplicado:





amarelo das pontas das pás pintado:



amarelo isolado com fita tamiya e o preto já pintado:



A base da hélice e o cubo eram pintados em cores diferentes, segundo o manual da Eduard, Azul intermediário para a base e verde claro para o cubo. Aqui eu dei uma marcada de touca me empolguei com o trabalho e esqueci de documentar com as fotos dessa etapa, mas se resumiu a isolar a hélice com fita veda rosca, ela é maleável acomodando bem ao formato da hélice e tem boa resistência ao thinner automotivo, protegendo a pintura que está por baixo.
Isto feito, foi aplicado novamente o primer, numa camada leve para dar uma clareada no conjunto que estava todo pintado de preto, pintei o verde e repeti o processo usando fita veda rosca e por último foi feita a pintura do azul intermediário, o resultado foi esse aqui:



Já os pneus não teve muita conversa, depois do primer branco... pintei de branco o aro... e não havia como ver a diferença do branco da tinta para o branco do primer, como essas peças possuem os detalhes da base do aro bem nítidos foi possível pintar no pincel usando tinta Decorfix misturando marrom e preto até chegar ao que eu chamo de preto "pneu":



Completada essa etapa, agora vamos ao kit propriamente dito, a versão escolhida, a única disponível na versão weekend é a de um aparelho lotado no USS Yorktown e pilotado Lt. William C. Moseley em junho de 1944. Este avião fazia parte do grupo de reposição e foi entregue ao Lt Moseley depois que seu avião original foi lançado ao mar depois de ter sido considerado danificado além do ponto de reparo após este retornar de uma missão sobre a ilha de Iwo Jima.



Para mim isso acabou por se tornar um trabalho interessante já que agora eu não poderia fazer um avião "detonado" com grandes manchas de fuligem do motor, queimados das metralhadores e descascados do atrito com o ar e por aí vai... em assim sendo seria um avião novo com quase nenhum uso, no máximo a tinta um pouco queimada pelo sol.

A pintura da base branca foi extremamente fácil e rápida por conta do primer:



Em seguida, apliquei uma camada de branco paina, que é um branco amarelado, sujo que daria uma impressão de encardido, quebrando a uniformidade da pintura, dando um aspecto de uso. Ele foi pintado de forma aleatória nos vários paineis das asas e fuselagem:





é possivel ver bem a diferença entre os dois "brancos", em seguida com o branco da base bem diluido eu comecei a repintar o avião carregando mais ou menos nas áreas "encardidas" com o branco paina até chegar o ponto de não se ver mais claramente mais o amarelo do paina e ainda poder perceber que o branco não estava "inteiro":



Terminada essa estapa começou o penúltima etapa do "weathering" da pintura do branco que consiste num trabalho sacal de mascarar alguns paneis e aerógrafar o preto pneu bastante diluido sobre a fita, não sobre o kit diretamente, de forma a simular o acúmulo de sujeira que é normal em um porta aviões, de novo por causa da empolgação... me esqueci de fotografar, só tendo o aspecto final da arte registrado







Com a pintura do azul intermediário foi repetido o procedimento, só que com um incremento, após a pintura base eu preparei duas cores, uma clareando o azul intermediário com branco e outra escurendo com azul, ambas foram aplicadas de forma também aleatória:











Para depois cobrir tudo com a tinta base bem diluida, dosando a aplicação da cor para mesclar as diferenças e quebrar o aspecto homogêneo da pintura e dar uma sensação de uso ao avião.

por enquanto é só... té mais tarde galera.

Joker escreveu:(...)

por enquanto é só... té mais tarde galera.

Joker, "só" isso já está uma verdadeira aula...muito bom acompanhar esta montagem, parabéns e obrigado !

Júlio Urubu escreveu: 1. Podia escrever um "resumo" da montagem m descrevendo o passo a passo com pontos negativos e positivos que encontrou, para complementar o review "in box"?

)

Júlio, assim que eu terminar a descrição da montagem eu faço isso por enquanto só posso dizer que o kit é um prazer de montar... mas os decalques são de matar

Bunger escreveu:

Joker escreveu:(...)

por enquanto é só... té mais tarde galera.

Joker, "só" isso já está uma verdadeira aula...muito bom acompanhar esta montagem, parabéns e obrigado !

Valeu véio, esse kit da Eduard é um dos melhores que eu já montei e os problemas durante a montagem dele foram por minha causa, não por causa do kit

Continuando a pintura:









Não há muito o que fazer, já que apenas houve uma repetição do processo de pintura, base, sombra e luz, e tinta base diluida para dosar o efeito da mistura das cores. O que pode ser dito é que nesse caso eu optei por usar um cinza azulado escuro para fazer luz da cor e o navy blue para a sombra.

As aparentes "falhas" como oversapray do azul escuro sobre o azul intermediário e outras coisinhas são proprositais, foram uma tentativa de representar a pintura do avião real.







Nas asas eu repeti o processo, só que sem misturar sombra e luz. Usei sombras da raiz da asa até quase a metade e usei a luz da metade até a extremidade para depois repetir o processo com azul escuro base bem diluido e aplicado também de forma aleatória.

Aspecto geral da pintura, antes dos decalques, motor e hélice estão apenas encaixados:



Agora uma rápida nota de rodapé: lembram-se de quando eu falei sobre o primer branco e sua resistência!? Bem, durante a pintura da camada base de azul, já com o aerografo cheio de tinta, e compressor ligado nem bem comecei a pintar, um mosquito inventou de pousar sobre a asa direita para inspecionar o processo.
Como eu estava animado com os resultados, não me preocupei em fazer as coisas da maneira segura, que seriam desligar o compressor, colocar o aerógrafo no suporte e só então tirar o resistente mosquito, simplesmente assoprei em direção a asa para espantar o bicho... o problema é que entre a minha boca e o mosquito estava a mão que segurava o aerógrafo e baforada que eu lancei acabou lançando vários respingos de tinta azul sobre a asa, que ficou a grosso modo parecendo o pelo de um dálmata.

Algumas gotas eram pequenas e uma lixada rápida dariam cabo, mas outras era muito grandes e eu achei que elas iriam afetar as linhas ou danificar a textura do aileron. No no reflexo do pânico que eu estava botei o aerógrafo no suporte e passei a mão em várias das manchas para retirar a tinta para minha surpresa a única coisa que foi afetada foi o primer que teve retirada a parte de cima, se afetar o plástico do kit que estava debaixo.

Aí vem o porquê de eu gostar de usar tinta automotiva, dois minutos após a tinta das manchas terem secado, peguei uma lixa 2500 e comecei a polir para nivelar as manchas e os locais que eu havia retirado a tinta no dedão . O trabalho não demorou 5 minutos, a asas estava lisa de novo sendo preciso apenas uma camada fina de primer para recomeçar a pintura. Demorei mais tempo limpando aerógrafo na troca de tintas e primer do que arrumando essa cagada com a lixa.

Depois disso, uma rápida checagem e foi a hora de aplicar os decalques, e aqui eu posso dizer de boca cheia: É UM PESADÊLO SEM TAMANHO esse decalque da Eduard definitivamente eu não recomendo o uso dessa versão da caixa

Quando olhamos os decalques na folha ainda, a impressão que sem tem é de um filme fino e altamente maleável, muito pelo contrário, o filme é grosso e tem uma péssima capacidade de conformação ao relevo fino do kit, foi preciso uma boca quantidade de Future para fazer os decalques assentarem no lugar, principalmente os #890 que ficam no cooling do motor e que são colocados sobre a saliencia do cano de descarga.
Foi preciso cortar parte do miolo tranparente, separar parte dos números para que o filme conformasse e depois uma lixada com lixa 2500 para sumir com os dentes que ficaram por que o decalque não abraçava a curva da superfíce, e depois disso um retoque com tinta preta na região afetada... e ainda sim não ficou um trabalho aceitável, pelo menos pra mim





Os outros decalques da decoração, por ficarem em superfícies planas, foram mais fáceis de se lidar e dessa vez o Future fez bem a sua tarefa:













Outra reclamação séria, a folha de stencils que vem no kit não bate com as instruções para sua aplicação. O único alento que eu tive é que na instrução vem escrito o significado de cada stencil então é possivel ler na folha de decalque e colocar no lugar correto.
Isso é fácil de fazer com os decalques da parte de baixo do avião que são pretos... mas o da parte de cima que são brancos... sobre um fundo claro, é praticamente impossível. A solução que eu achei, a mais estapafúrdia e já a título de desespero foi colocar a folha toda de stencil na água e aplicar tudo de uma só tacada, já que o papel da eduard se torna azul intermediário, dando contraste suficiente com o branco do decalque e assim possibilitando a leitura do texto.

Normalmente, essa tarefa de colocar stencils num avião, poucos como no caso desse Hellcat, não levaria mais que 30 minutos... mas com essa presepada, não consigo pensar em outro adjetivo, da Eduard eu precisei da madrugada inteira de domingo para segunda para poder colocar os stencils todos

Isto feito, foi apenas preciso dar o tempo para o decalque secar, aplicar uma camada de verniz brilhante para selar o kit e então partir para o wash:





Aqui eu ainda tive uma zebra rápida também na asa direita, o mesmo mosquito voltou para checar de novo a pintura... so que dessa vez ele não teve tanta sorte, então eu aerografei uma boa demão de verniz sobre o bicho, a ponto de torná-lo parte do Hellcat . Depois que o verniz secou, bastou dar uma lixada rápida de novo com a lixa 2500, e fim de mosquito e qualquer sinal dele:



Nessa foto é possível ver o local que foi trabalhado.

O wash foi feito com 3 tonalidades, cinza médio nas áreas brancas, cinza azulado médio para as áreas em azul intermediário e navy blue para as áreas em azul escuro. Usei tintas óleo diluidas com Ecosolv para fazer o wash. É digno de nota frizar que o relevo preciso do kit facilitou de sobre maneira essa etapa:









Aguenta aí turma que tá acabando depois eu posto o final dessa empreitada

abraços

Joker

Rapaz, naquela correria toda do evento não deu tempo de ver nada direito, um belo trabalho que agora da para apreciar com calma.

Pintura du car@lh*!

Valeu sêo Gugu e sêo brettas... tá nos finalmente já, acho que mais uma postagem e eu termino aqui