Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
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Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Recebemos no último sábado dia 28 de janeiro o novo A5M2b da nova firma ucraniana Wingsy para montagem!
De uma certa forma para mim a chegada deste kit foi bastante positiva, pois essa “encomenda urgente” me fez tirar a tarde do último sábado para guardar os kits que estavam se arrastando na montagem e fazer uma boa limpeza e arrumação na bancada que prosseguiu noite adentro. Estava precisando, a poeira acumulada desde o início de dezembro estava dificultando tudo, fora o calorão que faz aqui na garagem no verão.
No domingo de manhã comecei a montagem.
O Augusto fez o in-box review, que pode ser acessado aqui neste link.
A premissa para esta montagem é fazê-la "strict out of the box", ou seja, usar exclusivamente as peças e decais que vêm no kit.
A montagem também seguirá dentro do razoável o indicado pelas instruções (cores inclusive) e as peças do kit serão mantidas dentro do possível como fornecidas, sem modificações significativas.
Somente poderão ser acrescentados ao kit materiais para corrigir falhas, como por exemplo plasticard e massa para fechar frestas ou complementar detalhes não fornecidos como fios de antenas, etc.
Minha opinião ao ver o kit na caixa?
Excelente!
O plástico parece bastante com o usado nos kits da Wingnut Wings, cinza claro, quase translúcido nas peças mais finas, e macio na medida certa sem ser quebradiço. A textura das peças é típica de moldes esculpidos digitalmente, muito sutilmente rugosa mas preservando com perfeição os mínimos detalhes. Em alguns pouquíssimos lugares é possível ver algumas sinkmarks em lugares onde as peças são mais espessas, mas durante a montagem constatei que nada disso fica visível.
A engenharia do kit tem se revelado ao mesmo tempo simples e eficaz. Os encaixes são absolutamente perfeitos e a montagem é intuitiva, sem margem para erros. Até agora, chegando perto da hora de “fechar o pastel”, o kit está tirando uma nota dez com louvor. Sem dúvidas, um dos melhores kits em que trabalhei.
A montagem começou pelo cockpit, como de costume e indicado nas instruções. Que, diga-se de passagem, são muito claras e bem ilustradas, não deixando margens para dúvidas. Para atingirem o padrão top da indústria só faltam filigranas como papel couché, etc que no fundo servem mesmo é para encarecer o kit. As peças são bastante fáceis de destacar, com pontos de fixação delicados mas firmes nas árvores, que são espessas e não permitem grandes deformações. Perfeito. Os detalhes e a fineza das peças fazem-me crer que não será muito necessário acrescentar qualquer aftermarket ao kit, exceto talvez aqueles itens “de conforto” que abreviam a montagem e a pintura, como é o caso de fotogravados pré-pintados para os painéis e cintos de segurança. Mas com um mínimo de habilidade modelística básica nem isso é necessário.
Para complementar as peças de plástico o kit oferece alguns itens em fotogravados, que vêm todos numa folha em latão. Numa primeira vista, a folha de fotogravados parece ser um pouco “espessa”, mas as peças são fáceis de destacar e dobrar e, principal, adaptam-se aonde indicado com absoluta perfeição.
O painel de instrumentos é oferecido em múltiplas peças, com montagem fácil e intutiva. Conforme as instruções, os instrumentos podem ser aplicados como um decal sobre a peça injetada, ou montados usando a clássica abordagem do filme transparente impresso ensanduichado atrás da face do painel em fotogravado. Após experimentar um pouco, decidi abordar o desafio de uma outra forma, colando o decal sobre a peça de plástico ao invés do filme e aplicando sobre ele o painel em fotogravado. O encaixe foi perfeito e o resultado o melhor possível. Para simular os vidros, gotas de cola de PVA transparente (Micro Krystal Klear). Novamente, creio que breve lançarão painéis pré-pintados em fotogravado colorido, ajudando a extinguir a nobre arte de pintar painéis...
As principais submontagens, com os respectivos fotogravados no lugar
Os cintos de segurança são oferecidos em múltiplas peças; se por um lado ficam bastante bem detalhados, por outro sua montagem, pintura e instalação exigem um pouco de habilidade. Um modelista menos experiente ou mais apressado talvez considere que vale a pena adquirir um jogo de cintos aftermarket.
Cintos, no metal
Aplicados os fotogravados pertinentes e preparadas as submontagens, pintura.
Usei o primer da Vallejo 74601, o que igualou os tons para a pintura base, verde Cockpit Color Mitsubishi da K4 chilena. Os cintos foram pintados com o Leather Belt 312 da Vallejo Panzer Aces, e alguns detalhes em preto 71057 e Aluminium 71062, ambos da Vallejo Model Air. Esse aluminium também foi usado para fazer um leve drybrush, ressaltando sutilmente os detalhes em relevo.
Tudo foi isolado com uma camada de Future e, depois de bem seco fiz um wash usando o Paneliner Brown+Green Camo da AK (2071), com isso, ganhamos profundidade. Tudo foi selado com o verniz semibrilho da Vallejo (70522).
Primer
Painel, só com os decais
Painel, com a face em fotogravado e as lentes dos instrumentos
Visão geral durante a pintura
Assoalho, antes do verniz final
Aantepara de ré e assento com cintos, antes do acabamento final
Laterais do cockpit
É onde estamos agora, prontos para fechar o pastel. Mais tarde posto mais algumas fotos, incluindo as metralhadoras e o cockpit pronto.
Continua!
De uma certa forma para mim a chegada deste kit foi bastante positiva, pois essa “encomenda urgente” me fez tirar a tarde do último sábado para guardar os kits que estavam se arrastando na montagem e fazer uma boa limpeza e arrumação na bancada que prosseguiu noite adentro. Estava precisando, a poeira acumulada desde o início de dezembro estava dificultando tudo, fora o calorão que faz aqui na garagem no verão.
No domingo de manhã comecei a montagem.
O Augusto fez o in-box review, que pode ser acessado aqui neste link.
A premissa para esta montagem é fazê-la "strict out of the box", ou seja, usar exclusivamente as peças e decais que vêm no kit.
A montagem também seguirá dentro do razoável o indicado pelas instruções (cores inclusive) e as peças do kit serão mantidas dentro do possível como fornecidas, sem modificações significativas.
Somente poderão ser acrescentados ao kit materiais para corrigir falhas, como por exemplo plasticard e massa para fechar frestas ou complementar detalhes não fornecidos como fios de antenas, etc.
Minha opinião ao ver o kit na caixa?
Excelente!
O plástico parece bastante com o usado nos kits da Wingnut Wings, cinza claro, quase translúcido nas peças mais finas, e macio na medida certa sem ser quebradiço. A textura das peças é típica de moldes esculpidos digitalmente, muito sutilmente rugosa mas preservando com perfeição os mínimos detalhes. Em alguns pouquíssimos lugares é possível ver algumas sinkmarks em lugares onde as peças são mais espessas, mas durante a montagem constatei que nada disso fica visível.
A engenharia do kit tem se revelado ao mesmo tempo simples e eficaz. Os encaixes são absolutamente perfeitos e a montagem é intuitiva, sem margem para erros. Até agora, chegando perto da hora de “fechar o pastel”, o kit está tirando uma nota dez com louvor. Sem dúvidas, um dos melhores kits em que trabalhei.
A montagem começou pelo cockpit, como de costume e indicado nas instruções. Que, diga-se de passagem, são muito claras e bem ilustradas, não deixando margens para dúvidas. Para atingirem o padrão top da indústria só faltam filigranas como papel couché, etc que no fundo servem mesmo é para encarecer o kit. As peças são bastante fáceis de destacar, com pontos de fixação delicados mas firmes nas árvores, que são espessas e não permitem grandes deformações. Perfeito. Os detalhes e a fineza das peças fazem-me crer que não será muito necessário acrescentar qualquer aftermarket ao kit, exceto talvez aqueles itens “de conforto” que abreviam a montagem e a pintura, como é o caso de fotogravados pré-pintados para os painéis e cintos de segurança. Mas com um mínimo de habilidade modelística básica nem isso é necessário.
Para complementar as peças de plástico o kit oferece alguns itens em fotogravados, que vêm todos numa folha em latão. Numa primeira vista, a folha de fotogravados parece ser um pouco “espessa”, mas as peças são fáceis de destacar e dobrar e, principal, adaptam-se aonde indicado com absoluta perfeição.
O painel de instrumentos é oferecido em múltiplas peças, com montagem fácil e intutiva. Conforme as instruções, os instrumentos podem ser aplicados como um decal sobre a peça injetada, ou montados usando a clássica abordagem do filme transparente impresso ensanduichado atrás da face do painel em fotogravado. Após experimentar um pouco, decidi abordar o desafio de uma outra forma, colando o decal sobre a peça de plástico ao invés do filme e aplicando sobre ele o painel em fotogravado. O encaixe foi perfeito e o resultado o melhor possível. Para simular os vidros, gotas de cola de PVA transparente (Micro Krystal Klear). Novamente, creio que breve lançarão painéis pré-pintados em fotogravado colorido, ajudando a extinguir a nobre arte de pintar painéis...
As principais submontagens, com os respectivos fotogravados no lugar
Os cintos de segurança são oferecidos em múltiplas peças; se por um lado ficam bastante bem detalhados, por outro sua montagem, pintura e instalação exigem um pouco de habilidade. Um modelista menos experiente ou mais apressado talvez considere que vale a pena adquirir um jogo de cintos aftermarket.
Cintos, no metal
Aplicados os fotogravados pertinentes e preparadas as submontagens, pintura.
Usei o primer da Vallejo 74601, o que igualou os tons para a pintura base, verde Cockpit Color Mitsubishi da K4 chilena. Os cintos foram pintados com o Leather Belt 312 da Vallejo Panzer Aces, e alguns detalhes em preto 71057 e Aluminium 71062, ambos da Vallejo Model Air. Esse aluminium também foi usado para fazer um leve drybrush, ressaltando sutilmente os detalhes em relevo.
Tudo foi isolado com uma camada de Future e, depois de bem seco fiz um wash usando o Paneliner Brown+Green Camo da AK (2071), com isso, ganhamos profundidade. Tudo foi selado com o verniz semibrilho da Vallejo (70522).
Primer
Painel, só com os decais
Painel, com a face em fotogravado e as lentes dos instrumentos
Visão geral durante a pintura
Assoalho, antes do verniz final
Aantepara de ré e assento com cintos, antes do acabamento final
Laterais do cockpit
É onde estamos agora, prontos para fechar o pastel. Mais tarde posto mais algumas fotos, incluindo as metralhadoras e o cockpit pronto.
Continua!
Editado pela última vez por meianoite2 em 04 Fev 2017, 01:34, em um total de 3 vezes.
Sempre aprendendo...
Eduardo
Eduardo
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Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Montagem bem limpa e caprichada, vou acompanhar essa montagem, pois com certeza sei que irei ver um belo resultado ao final do trabalho.
Cesar Ferreira
Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Adorei o kit, e esta montagem está show - o cockpit está bacana!
Qapla´
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Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Muito show! Como sempre, estou aqui de olho.
As fotos estão excelentes
As fotos estão excelentes
Henrique
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Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Está muito bonito o trabalho
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Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
[Montagem do Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48 - Parte 2]
Continuando, é chegada a hora de fechar o pastel!
Comecei montando a “banheira” do cockpit, que agrega o assoalho, as laterais, a antepara de ré e o assento e a antepara de vante com o painel de instrumentos, mais as metralhadoras e a manivela de regulagem da alça de mira. Encaixe absolutamente perfeito, resultado muito bom.
A propósito das metralhadoras, elas são bastante bem detalhadas para o que se pode ver delas depois de instaladas (quase nada). Até um par de alavancas em fotogravado são oferecidas. Pintei-as com Burnt Iron (C61) da linha Mr. Color da Gunze. Aplico essa tinta com pincel mesmo, ela seca quase imediatamente como um preto fosco meio áspero. A mágica acontece quando, depois de seca a tinta ao toque, a gente dá um polimento com um pano macio ou cotonete – a peça fica um preto metálico que acho ótimo para metralhadoras.
A parte inferior interna da asa e o interior da fuselagem atrás do cockpit foram pintados de aotake, seguindo a recomendação da literatura que preconiza o uso dessa laca protetora colorida nas partes mais interiores dos aviões da IJN. De qualquer maneira, somente em alguns ângulos e condições especiais de iluminação pode-se ver uma ou outra réstia dessas áreas. Também marquei no interior do kit a data do “batimento da quilha” do modelo. Todos os meus modelos têm essa marca (que nunca fica visível). Excentricidades...
Após um rápido teste de encaixe, que não revelou quaisquer problemas além da limpeza dos excessos de tinta nas superfícies de contato, juntei as metades da fuselagem ao cockpit e a capota dianteira e a parede corta-fogo do motor, tudo com cola Tamyia (tampa branca, mais espessa, usada como cola de contato).
Como na parte inferior da asa há um vent vazado, pintei de preto o espaço existente entre a parede corta-fogo e o cockpit para impedir a visão de algo ali dentro.
Decidi que vou fazer o avião do Kyosaku Aoki, o “3-108”, que deve ser um dos A5M2b mais fotografados (achei umas três fotos, kkk).
Tem um dizeres em japonês nas laterais (uma dedicação?) e não porta bombas ou o tanque suplementar nas fotos.
Assim sendo, não fiz as perfurações na asa inferior para esses acessórios, embora pretenda montá-los em separado depois para ver como eles ficam depois de prontos. Como alguns colegas da Associação, gosto de aviões na sua configuração “limpa” – isso preserva melhor as suas linhas e acho apropriado para um primeiro modelo.
Com isso, montar as asas resume-se a colar três peças, coisa rápida e simples, novamente seguindo a técnica da "cola de contato".
Um aspecto (negativo??) das asas do kit é que os bordos de fuga me pareceram razoavelmente espessos para a escala, pelo menos um meio milímetro. Isso se aplica à asa como um todo, ailerons inclusive, e empenagem. Se isso por um lado favorece a moldagem das peças e aumenta a resistência do kit ao manuseio, por outro fica difícil crer que um avião daqueles tivesse no final dos anos 30 os bordos de fuga com espessura de 2 centímetros e meio. Como uma premissa desta montagem é não alterar muito as características básicas do kit, deixei quieto - mas vale a pena pesquisar um pouco como eram realmente essas partes e eventualmente afiná-las para uma máxima acurácia. Nas superfícies de comando, limitei-me a uma lixada leve nas nervuras para simular melhor a aparência do seu revestimento em tela.
Montadas as asas, uma lixinha muito de leve pra arredondar os bordos de ataque (sempre fica um nanodegrau ali, por melhor que seja o kit) e um dryfit das asas com a fuselagem. Caramba!, que exatidão impressionante. Após as limpezas de praxe das superfícies de contato, colei as asas à fuselagem com cola líquida (MEK) por capilaridade. Quase não precisa de cola, tão exato é o encaixe, impressionante.
Para não levar uma nota mil, ficou uma pequena fresta, coisa de 0,2 mm, na junta entre a fuselagem inferior e a extremidade de ré da asa, um ligar comum de dar problema em monoplanos de asa baixa.
Tratei a fresta, primeiramente, equalizando-a com uma lima de precisão durante a fase de teste de encaixe a seco até fazê-la uniforme. Em seguida à colagem, inseri um pedacinho de plasticard (tive que lixar um de 0,3 até ficar na espessura!) e colei com MEK. Seco, o MEK é uma cola que evapora de forma extremamente rápida, aparei os excessos com uma tesourinha e trimei a emenda com uma lixa fina, protegendo as adjacências com fita. Uma lixinha 1000 igualou tudo e temos uma junta robusta e, espero, pouco perceptível.
Colei os profundores também nesta fase, já que a cauda será monocromática (normalmente deixo os profundores para o final, pois facilita a pintura da camuflagem). Os ailerons vieram em seguida, tudo perfeito.
Não encontrei o leme de direção (peça C11), deve ter ficado na Associação em cima de alguma mesa, quando todos estavam admirando (e picando) o kit para testar os encaixes das partes básicas. Espero!
O resto do kit praticamente não precisou de nenhum emassamento, exceto por algumas “barbeiragens” minhas na limpeza de uma ou outra peça – e mesmo assim, basicamente uma massa base água (uso a Vallejo 70.401), que a gente limpa os excessos com um cotonete ou paninho úmido ao invés de lixa.
Com isso, faltam os trens de pouso e o “power egg” que pode ser montado à parte para termos algo mais parecido com um avião. Mas isso é assunto para o próximo post.
Continua!
Continuando, é chegada a hora de fechar o pastel!
Comecei montando a “banheira” do cockpit, que agrega o assoalho, as laterais, a antepara de ré e o assento e a antepara de vante com o painel de instrumentos, mais as metralhadoras e a manivela de regulagem da alça de mira. Encaixe absolutamente perfeito, resultado muito bom.
A propósito das metralhadoras, elas são bastante bem detalhadas para o que se pode ver delas depois de instaladas (quase nada). Até um par de alavancas em fotogravado são oferecidas. Pintei-as com Burnt Iron (C61) da linha Mr. Color da Gunze. Aplico essa tinta com pincel mesmo, ela seca quase imediatamente como um preto fosco meio áspero. A mágica acontece quando, depois de seca a tinta ao toque, a gente dá um polimento com um pano macio ou cotonete – a peça fica um preto metálico que acho ótimo para metralhadoras.
A parte inferior interna da asa e o interior da fuselagem atrás do cockpit foram pintados de aotake, seguindo a recomendação da literatura que preconiza o uso dessa laca protetora colorida nas partes mais interiores dos aviões da IJN. De qualquer maneira, somente em alguns ângulos e condições especiais de iluminação pode-se ver uma ou outra réstia dessas áreas. Também marquei no interior do kit a data do “batimento da quilha” do modelo. Todos os meus modelos têm essa marca (que nunca fica visível). Excentricidades...
Após um rápido teste de encaixe, que não revelou quaisquer problemas além da limpeza dos excessos de tinta nas superfícies de contato, juntei as metades da fuselagem ao cockpit e a capota dianteira e a parede corta-fogo do motor, tudo com cola Tamyia (tampa branca, mais espessa, usada como cola de contato).
Como na parte inferior da asa há um vent vazado, pintei de preto o espaço existente entre a parede corta-fogo e o cockpit para impedir a visão de algo ali dentro.
Decidi que vou fazer o avião do Kyosaku Aoki, o “3-108”, que deve ser um dos A5M2b mais fotografados (achei umas três fotos, kkk).
Tem um dizeres em japonês nas laterais (uma dedicação?) e não porta bombas ou o tanque suplementar nas fotos.
Assim sendo, não fiz as perfurações na asa inferior para esses acessórios, embora pretenda montá-los em separado depois para ver como eles ficam depois de prontos. Como alguns colegas da Associação, gosto de aviões na sua configuração “limpa” – isso preserva melhor as suas linhas e acho apropriado para um primeiro modelo.
Com isso, montar as asas resume-se a colar três peças, coisa rápida e simples, novamente seguindo a técnica da "cola de contato".
Um aspecto (negativo??) das asas do kit é que os bordos de fuga me pareceram razoavelmente espessos para a escala, pelo menos um meio milímetro. Isso se aplica à asa como um todo, ailerons inclusive, e empenagem. Se isso por um lado favorece a moldagem das peças e aumenta a resistência do kit ao manuseio, por outro fica difícil crer que um avião daqueles tivesse no final dos anos 30 os bordos de fuga com espessura de 2 centímetros e meio. Como uma premissa desta montagem é não alterar muito as características básicas do kit, deixei quieto - mas vale a pena pesquisar um pouco como eram realmente essas partes e eventualmente afiná-las para uma máxima acurácia. Nas superfícies de comando, limitei-me a uma lixada leve nas nervuras para simular melhor a aparência do seu revestimento em tela.
Montadas as asas, uma lixinha muito de leve pra arredondar os bordos de ataque (sempre fica um nanodegrau ali, por melhor que seja o kit) e um dryfit das asas com a fuselagem. Caramba!, que exatidão impressionante. Após as limpezas de praxe das superfícies de contato, colei as asas à fuselagem com cola líquida (MEK) por capilaridade. Quase não precisa de cola, tão exato é o encaixe, impressionante.
Para não levar uma nota mil, ficou uma pequena fresta, coisa de 0,2 mm, na junta entre a fuselagem inferior e a extremidade de ré da asa, um ligar comum de dar problema em monoplanos de asa baixa.
Tratei a fresta, primeiramente, equalizando-a com uma lima de precisão durante a fase de teste de encaixe a seco até fazê-la uniforme. Em seguida à colagem, inseri um pedacinho de plasticard (tive que lixar um de 0,3 até ficar na espessura!) e colei com MEK. Seco, o MEK é uma cola que evapora de forma extremamente rápida, aparei os excessos com uma tesourinha e trimei a emenda com uma lixa fina, protegendo as adjacências com fita. Uma lixinha 1000 igualou tudo e temos uma junta robusta e, espero, pouco perceptível.
Colei os profundores também nesta fase, já que a cauda será monocromática (normalmente deixo os profundores para o final, pois facilita a pintura da camuflagem). Os ailerons vieram em seguida, tudo perfeito.
Não encontrei o leme de direção (peça C11), deve ter ficado na Associação em cima de alguma mesa, quando todos estavam admirando (e picando) o kit para testar os encaixes das partes básicas. Espero!
O resto do kit praticamente não precisou de nenhum emassamento, exceto por algumas “barbeiragens” minhas na limpeza de uma ou outra peça – e mesmo assim, basicamente uma massa base água (uso a Vallejo 70.401), que a gente limpa os excessos com um cotonete ou paninho úmido ao invés de lixa.
Com isso, faltam os trens de pouso e o “power egg” que pode ser montado à parte para termos algo mais parecido com um avião. Mas isso é assunto para o próximo post.
Continua!
Sempre aprendendo...
Eduardo
Eduardo
Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Muito bom!!!
Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Fiquei impressionado pela qualidade da injeção e montagem do cockpit. O kit realmente promete, principalmente por estar nas mãos de quem sabe o que faz.
Acompanharei a montagem com interesse, pois entrou na lista de possíveis aquisições.
Um abraço
Sidney
Acompanharei a montagem com interesse, pois entrou na lista de possíveis aquisições.
Um abraço
Sidney
- Rodrigo Luiz
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Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Que show!!
Estou imaginando o barulho dessas metralhadoras dentro do cockpit....
Estou imaginando o barulho dessas metralhadoras dentro do cockpit....
Tarkus
- Andre Cardoso
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Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Está muito bonita esta montagem!
Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Bem legal o kit.
Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Realmente tem um bom nível de detalhes. Gostei!
Sandro
Na bancada: Fw190F-8 1/32
Na bancada: Fw190F-8 1/32
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- Plastimodelista
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Re: Mitsubishi A5M2b “Claude” – Wingsy 1/48
Obrigado pelos comentários!
Pessoal, o modelo está pronto desde domingo e posso adiantar que ficou muito legal.
Esta semana estou um pouco atribulado com trabalhos outros mas breve vou completar este post pra vocês verem como foi o final da montagem e o resultado final.
Pessoal, o modelo está pronto desde domingo e posso adiantar que ficou muito legal.
Esta semana estou um pouco atribulado com trabalhos outros mas breve vou completar este post pra vocês verem como foi o final da montagem e o resultado final.
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Eduardo
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