Até a crise de Munique em 1938, todos os caças franceses eram pintados em "cor alumínio" com um verniz de proteção. Os bombardeiros eram pintados em verde "lousa" ou marrom "chocolate" ou "terra negra" as coberturas dos motores em metal natural. As insignias dos esquadrões ficavam na fuselagem e as marcações nacionais na fuselagem e nas asas parte superior e inferior. Os cocares deveriam cobrir 90% da corda da asa e colocados próximos as extremidades destas.
Em 6 de dezembro de 1938 (instrução No 1422) surgiu a camuflagem multicolorida. As novas unidades seriam pintadas nas fabricas e as antigas modificadas em campo. As partes superiores e laterias seriam pintadas em cáqui e as inferiores e cinza azulado. O limite entre as duas cores tanto nas laterais com nas bordas das asas deveria ser esfumaçado. Estas duas cores básicas deveriam ser misturadas com verde, castanho, siena, branco, preto ou mesmo vermelho e azul de forma a se obter tons mais escuros a serem apicados em largas manchas sem qualquer padrão geométrico definido. Na realidade os aviões que estavam em serviço eram inicialmente apenas pintados em cáqui e azul claro. as manchas de outras cores começaram a aparecer gradualmente durante 1939. Os novos aviões recebiam uma cor de fundo cáqui ou cinza escuro azulado sobre a qual eram aplicadas as manchas de cinza azulado ou marrom e cáqui (dependendo da cor de fundo). Em linhas gerais estas cores eram aplicadas se seguir nenhum padrão (apenas alguns modelos como os Bloch 174 e o LeO 451 parecem ter recebido algum tipo de padronagem) os tons também variavam consideravelmente uma vez que as cores eram obtidas a partir de mistura de cores básicas. Os cocares na parte de baixo das asas foram reduzidos passando a ter um diâmetro de 30 cm e na parte superior passando a ocupar 4/5 da corda da asa. Este era o padrão utilizado quando a França entrou na guerra em 1939.
Em janeiro de 1940 os cocares superiores foram aumentados (chegando a até a 1,20m de diâmetro) e um cocar medindo 80 cm de diâmetro foi acrescentado as laterais da fuselagem, mas nem sempre na mesma posição. A insígnia de esquadrão passou a ter 30 x 30 cm pintada sobre a deriva com o número individual do avião pintado logo atras do cocar da fuselagem (na direção do voo) Finalmente a matricula militar (número de registro) deixou de ser pintado nos aviões.
Em 9 de julho de 1940, poucos dias após a assinatura do armísticio , os cocares (de 60 cm) tiveram o acréscimo de uma borda branca de de 5 cm e os cocares das asas foram reduzidos para 80 cm de diâmetro. Uma faixa branca de 10 cm de largura foi acrescentada ao longo da fuselagem, mas sem um comprimento específico. Todos os aviões , inclusive os da Aéronautique Navale, receberam esta faixa, com a diferença que neste ultimo caso faixa apenas atravessava o cocar.
De 1941 em diante os aviões franceses baseados na Síria tiveram as caudas e a cobertura dos motores, até o limite do bordo de ataque das asas, pintados em amarelo.
Em 24 de junho de 1941, faixas alternadas em amarelo e vermelho ( 20 a 25 cm) foram pintadas sobre as caudas, exceto pela parte ocupada pelo tricolor francês, e sobre as coberturas dos motores, quando possível indo atá o bordo de ataque das asas. Estas ficaram conhecidas como as "Faixas de Vichy". Os cocares nas asas deveriam ter 80 cm de diâmetro e os da fuselagem 60 cm. A faixa branca na fuselagem foi mantida e devia se estender por no mínimo 1,50 m em cada lado do cocar.
Em uma diretiva datada de 13 de dezembro de 1941, que se estendia a todos os aviões da Armée de l'air, e por uma retificação datada de 6 de fevereiro de 1942, uma faixa tricolor ( azul, branco e vermelho) convergindo em um angulo de 30 graus com o eixo longitudinal do aparelho e com uma largura de 30 cm, deveria ser pintada nas asas em acréscimo as marcações existentes. O cocar e a faixa branca na lateral foram removidos. A partir deste momento apenas aviões pintados assim estavam autorizados a voar.
Na indochina, uma nota datada de de 9 de fevereiro de de 1942 obrigava os aviões daquela zona de voo a ter uma faixa de 10 cm de largura no entorno da parte traseira da fuselagem com toda a cauda pintada em vermelho.
Após 14 de novembro de 1942 e com a invasão da chamada Zona Francesa não ocupada pelos alemães, o raros aviões autorizados a voar no breve período anterior a dissolução da Armée de l'air, deveriam usar os chamados "lenços brancos", uma faixa de 50 cm de largura pintada nas asas (entre o motor e a ponta da asa no caso de aviões bimotores) e envolvendo a parte traseira da fuselagem. A parte superior dos motores foi mantida em vermelho.
Fonte:
L'Aviacion Française, 1939-1942 Dominique Breffort com ilustrações de André Jouineau editora Historie e Collections
Texto sobre camuflagens francesas
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Re: Texto sobre camuflagens francesas
Artigo que veio em boa hora.
Quando começa o GB?
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Re: Texto sobre camuflagens francesas
Excelente artigo Augusto.
Abraços a todos aqueles que tem o plastimodelismo como HOBBY.
Arnaldo Pereira
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Re: Texto sobre camuflagens francesas
Show Augusto, belo texto!!
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