Re: The Highlander (em capitulos)

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Re: The Highlander (em capitulos)

Mensagempor Augusto » 27 Jul 2011, 12:46

Estava muito frio, a tenda do briefing estava coberta com uma fina camada de gelo. Ali eles foram comunicados que o seu alvo seria o canal Dortmund-Ems. Pegaram os uniformes de vôo nos armários da sala das tripulações e foram para a pista. Ali estavam todos os 10 Lancaster, eles também, cobertos por uma fina camada branca de gelo. As tripulações pularam para seus aviões em busca de um lugar mais aquecido. Devido ao gelo e a bruma poucos haviam voado na última quinzena, e os assentos e controles pareceram estranhos a eles por alguns momentos. Mas em pouco tempo tudo era familiar novamente.

Antes de se dirigirem para a pista de decolagem os aviões foram pulverizados com glicol para remover o gelo, e com o glicol ainda pingando das asas Denton virou seu Lancaster para o vento e avançou pela pista, já que seria o primeiro a decolar. Ted Kneebone, o navegador, em seu posto olhava o medidor de velocidade do ar, reportando ao piloto as informações: 100... 110... 120... 130... Ao atingir os 140 ele devia decolar, mas já atingira 145 e eles ainda rolavam pela pista. Ao atingir 150 ele já não podia esconder a tensão em sua voz. Estavam ficando sem pista. Então, finalmente, decolaram.
Seja lá o que fosse, gelo não derretido, falta de vento ou carburador congelado, nunca se saberá, mas o segundo avião teve o mesmo problema. Caiu no fim da pista e explodiu em chamas. O terceiro avião passou pela mesma experiência e também caiu, mas a tripulação se salvou. Um belo começo para uma missão no primeiro dia do ano.

Três horas depois as tripulações restantes, junto com outras 90 de outros esquadrões, estavam se aproximando do alvo. 10.000 pés abaixo deles, num tempo frio e cristalino, estavam os grandes canais artificiais do Noroeste da Alemanha, especialmente importantes agora que as ferrovias haviam sido bombardeadas até o estado de caos. Um pouco a frente e correndo oblíquo a trajetória dos bombardeiros, estava o maior deles, o Dortmund-Ems.

Kneebone sentado agora no compartimento do nariz procurava pelo seu referencial, o rio Glane em Ladbergen. Ali onde um aqueduto fazia as águas do canal passar por sobre o rio, era um alvo especialmente vulnerável ao bombardeio. Por duas vezes nos últimos meses havia sido seriamente atingido, mas a incomum persistência alemã o havia reparado, e agora estava em pleno funcionamento outra vez e pronto para conduzir o trafego de carvão e outras matérias primas para as fábricas do Ruhr.

Com o alvo identificado, Denton começou sua corrida para o bombardeio. Ron Goebel engatinhou para o seu visor de bombardeio, que ficava no compartimento de bombas, e mandava para Denton instruções pelo inter comunicador.

“Tres graus a direita”

Era impossível para Denton usar estas pequenas correções como ação evasiva contra a flak. A corrida até o alvo seguia tão bem que a maior parte do tempo só o que ouvia de Goebel era: Firme!

Fácil era forma de dizer, já que Denton via a sua frente vários aviões serem atingidos por impactos diretos da barragem feroz que a flak agora impunha, vinda das margens do canal onde estavam escondidos depósitos de munição e canhões 88 mm. As pequenas nuvens negras das explosões dos 88 escurecia o céu. Seguindo a cerca de 100 mph, a corrida de bombardeio parecia interminável.

Finalmente a tripulação sentiu o leve sacolejo provocado pela soltura da primeira bomba de 1000 lbs., seguida em rápida sucessão pelas outras 11 que formavam a carga, espaçadas em cerca de 12 jardas. Denton empurrou com força a coluna de controle para frente, corrigindo a tendência de subir provocada pela liberação da carga.

Em alguns momentos Goebel completaria sua verificação de que todas as bombas seguiram em segurança. Então daria o sinal “bombas lançadas” e Denton fecharia as portas do porão de bombas, calibraria o avião e viraria para se afastar da área do alvo. Kneebone estava de volta à mesa do navegador, trabalhando no curso de volta para casa, esperando como Denton, pelo sinal de Goebel. Mas ele nunca chegou. Ao invés, veio uma concussão e o caos causados pelo impacto direto de dois projeteis de 88mm.

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Re: The Hilander (em capitulos)

Mensagempor Augusto » 27 Jul 2011, 12:47

O primeiro impacto abriu um grande buraco na parte inferior da fuselagem, logo a frente da torre superior e incendiou toda a seção traseira da fuselagem. A parte dianteira do cokpit imediatamente se encheu de fumaça e a parte traseira da fuselagem se transformou num mar de chamas. Então, quase que ao mesmo tempo, após um soco no peito, veio o nocaute direto no queixo, um segundo projétil da flak estraçalhou o compartimento do nariz, colocou um motor em chamas e abriu grande buraco no canopy do piloto. Denton caiu para frente inconsciente e o avião começo a mergulhar fora de controle.
A enorme força do vento entrando a 200 mph pelo nariz e canopy estraçalhados limpou a fumaça do cockpit e apagou a maior parte dos focos de incêndio da fuselagem, quase de uma só vez. Kneebone, no assento do navegador, que ficava atrás do piloto, estava num mar de chamas em um minuto e num vento ártico no minuto seguinte. Mas alguns focos de incêndio, alimentados pelo óleo hidráulico que vazava, persistiram e começavam novamente a ganhar força.

Denton arrancado da inconsciência pelo vento gelado procurou entender o quadro de enorme devastação. Ele voava, completamente desprotegido contra o vento gelado, como se estivesse na cadeira de uma roda gigante. Os botões de ajuste estavam pendurados e inúteis, os hidráulicos se foram, as portas das bombas ainda estavam abertas e o motor interno esquerdo em chamas. O intercom não funcionava. O Lancaster havia caído alguns milhares de pés. Ainda desconhecido para Denton era o buraco na fuselagem, onde, logo acima, estava o artilheiro superior em sua torre e envolto pelas chamas. A torre traseira também estava em chamas com o artilheiro preso.

Thompson, sentado na cadeira do operador de rádio na parte traseira do compartimento frontal era o homem mais próximo de onde ocorrera o primeiro impacto, e sabia que a parte traseira da fuselagem estava gravemente danificada. Ele se preocupou imediatamente com a sorte dos dois artilheiros, Enie Potts na torre superior e Haydn Price na traseira.

O local do operador de rádio era o mais aquecido do avião e Thompson não usava luvas, o que seria inútil de qualquer forma já que com elas não conseguiria operar a chave do equipamento Morse. Ele também não usava pára-quedas, que ficava armazenado normalmente ao seu lado na fuselagem. Quando a fumaça e a poeira clarearam, ele pode observar ao longo da fuselagem e vislumbrar Potts preso em sua torre em chamas. Imediatamente seguiu em frente em direção ao buraco na fuselagem e ao fogo. Não havia tempo para colocar o pára-quedas ou procurar pelas luvas para proteger suas mãos. Potts estava em perigo iminente de ser seriamente queimado, ou sair cambaleante de sua torre e cair pelo buraco da fuselagem.

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Re: The Hilander (em capitulos)

Mensagempor Augusto » 27 Jul 2011, 21:24

Neste meio tempo, miraculosamente, Denton descobriu que seus principais instrumentos pareciam estar funcionais e que o avião ainda respondia aos controles. Ele embandeirou o motor danificado, apertou o botão que acionava o extintor e o fogo apagou.

Goebel veio do compartimento de bombas carregando seu pára-quedas em farrapos. Outro pára-quedas, na fuselagem, estava em chamas. Com pelo menos dois tripulantes incapazes de saltar, não havia como dar ordem para abandonar o avião.

Com os dedos congelados e já começando a ficar entorpecidos, Denton colocou o avião em um curso que, imaginava, o levaria de volta a suas linhas se o avião conseguisse ir em frente. Ele chamou Goebel: Veja se consegue me arranjar um par de luvas. Mas Goebel não conseguia ouvir. Finalmente Denton se fez entender por mímica e Goebel foi para a parte de trás da cabine.

Ele encontrou Kneebone ainda em seu assento, sua face negra pela fumaça. Todas as suas cartas e mapas haviam sido sugadas para fora do avião, mas ele trabalhava para estabelecer um novo curso para a Holanda que os mantivessem fora do alcance da flak das grandes cidades alemãs. Hartshorn, o engenheiro de voo, estava com ele. O assento do operador de rádio, imediatamente atrás de Kneebone estava vazio e não havia sinal de Thompson. Goebel assumiu que ele devia estar na parte de trás.

Cambaleando em meio ao túnel de vento em que se transformara a fuselagem, Goebel achou um par de luvas e foi para a parte de frente ao encontro de Denton. O fluxo de ar era tão intenso que ele tinha de se segurar com as duas mãos nas paredes da fuselagem de forma a evitar que fosse carregado. Ele se inclinou sobre Denton e gritou em sua orelha, mas o ronco dos três motores em máxima aceleração abafava qualquer som.

Com o avião ainda estava ajustado para uma cauda pesada devido a carga de bombas e sem meios de modificar isto Denton sentava rígido, suas costas pressionadas contra o assento e empurrando os controles para frente com todas as suas forças para evitar a tendência do nariz de subir e com isso prevenir o avião de entrar em stol. Ao mesmo tempo tinha que pisar forte no pedal direito do leme, para contrabalançar a falta de um dos motores.

O buraco na fuselagem, e o fogo na parte traseira, ainda permaneciam desconhecidos para Denton, Goebels e os outros tripulantes na parte da frente. Imaginavam que o barulho da munição, sendo explodida pelo fogo, eram as torres respondendo a algum ataque de caças. Eles tinham muito com o que se preocupar na parte da frente para pensar na parte de trás. Mas Thompson sabia o que estava acontecendo. Ele havia tomado a segurança dos outros dois tripulantes como uma responsabilidade pessoal.
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Re: The Hilander (em capitulos)

Mensagempor Augusto » 28 Jul 2011, 20:40

Resgatar Potts era a primeira tarefa. Mas chegar a ele envolvia a difícil tarefa de passar sobre o rombo no chão da fuselagem. Movendo-se com o cuidado de um alpinista, ele se agarrou a lateral de fuselagem e se deslocando centímetro a centímetro chegou sobre o centro do buraco. Se escorregasse agora seria ao fim.

Imediatamente após o buraco estava a torre das metralhadoras com as chamas ardendo em baixo como se fosse um caldeirão. Pegando um ponto de apoio aqui e outro ali ele conseguiu pular para o outro lado do buraco que neste momento estava todo em chamas.

A munição explodia em volta dele. Suas roupas pegaram fogo, mas ele preferiu ignorar. Segurando por um momento o metal em brasa da torre ele conseguiu se apoiar na borda do buraco e usou seus ombros para escorar o corpo de Potts antes de tentar solta-lo. As roupas de Potts também estavam em chamas e ele inconsciente.

Lentamente Thompson conseguiu liberar os braços e pernas do artilheiro dos controles de manobra da torre e colocou seu ombro direito de forma a apoiar a cintura de Potts absorvendo seu peso. Abaixo dele uma fuselagem rompida e uma queda de 6000 pés. Trabalhando tão rápido como possível, devido às chamas que o evolviam e a preocupação de o que aconteceria em caso de uma queda, ele finalmente conseguiu liberar Potts e apoiou todo seu peso sobre o ombro.Os próximos segundo seriam críticos.

O forte vento frio soprando através da fuselagem ajudou a mante-lo alerta e o impediam de tombar para frente. Potts estava agora sob seus ombros, braços e pernas inertes. Thompson o segurava da melhor forma que podia, mas precisava de um braço para transferir seu apoio da torre para a parede da fuselagem. Se o peso de Potts não estivesse bem distribuído, ou se ele perdesse por um momento o equilíbrio, poderiam tombar, os dois, para frente e cair pelo buraco na fuselagem. Mas sua força e equilíbrio não lhe faltaram nesta hora. Logo ele conseguiu passar com Potts sobre o buraco e afastá-lo do fogo. Ele deitou Potts cuidadosamente e com as mãos nuas começou a apagar o fogo das roupas do artilheiro.

As calças de Thompson estavam completamente destruídas pelo fogo e suas pernas bastante machucadas. Sua face e mãos estavam bastantes queimadas. Mas ele se curvou novamente e recolocou Potts numa posição de melhor conforto. Então ele olhou novamente através das chamas que cercavam a torre traseira. Haydn Prive, o outro artilheiro Gales, ainda estava lá.

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Re: The Hilander (em capitulos)

Mensagempor Mobi » 30 Jul 2011, 12:57

Tá parecendo novela das nove!

Para na melhor parte! :D

Continua!!!! :7 :7 :7

Abraço,
Mobi

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Re: The Hilander (em capitulos)

Mensagempor Augusto » 01 Ago 2011, 22:53

Durante todo este tempo Thompson havia trabalhado sozinho. Ele havia idi para a parte traseira do avião logo após a explosão e não fazia idéia do que acontecia na dianteira. Pelo que sabia a ordem de saltar já deveria ter sido dada e o resto da tripulação já deveria ter ido. Mas ele seguiu novamente em direção a torre traseira onde estava Price.

Quando o avião sofreu o primeiro impacto o intercom ficou inoperante e Price rapidamente percebeu que a fuselagem estava em chamas. Separado do resto da tripulação ele decidiu saltar. Os hidráulicos haviam sido rompidos, mas numa emergência a torre podia ser operada manualmente. Tudo que ele tinha de fazer era girar a torre toda para um dos lados, abrir a porta de correr por trás dele, remover seu capacete e as conexões elétricas de sua roupa térmica, e cair de costas no espaço vazio. Tudo isso levou algum tempo, mas ele conseguiu colocar a torre em posição, soltar as conexões, e agarrou a alça que liberava o pára-quedas. Então abriu a porta de correr. Imediatamente recebeu uma lufada de vento e chamas que veio da parte de fora do avião. Toda a fuselagem estava envolta e, m um rastro de fumaça e fogo. Nos poucos segundos em que a porta ficou aberta, todo seu cabelo foi consumido e suas orelhas foram seriamente queimadas. Ele fechou a porta rapidamente, mas o calor dentro da torre já se tornava extremo e ele sabia que o fogo no interior da fuselagem, era igualmente intenso. Não havia alternativa a não ser se atira de costas no mar de chamas. Ele se curvou para abrir a porta de correr novamente. O que ele não sabia é que seu pára-quedas já estava bastante queimado e que haveria pouca chance de que funcionasse direito.

Assim que agarrou a alça da porta ouviu uma batida pelo lado de dentro da fuselagem. Inacreditavelmente havia alguém ali. Ele manobrou a torre de volta a posição normal e abriu a porta de correr.

Vamos lá Taff, disse a voz, melhor que você venha por aqui.

Ele jamais saberia que se tratava de Thompson se não tivesse reconhecido sua voz. Em meio às chamas Thompson meio que carregou, meio que arrastou Price para fora da torre e levou-o até onde estava Potts. Então o ajudou a apagar as chamas da roupa.

No entanto Thompson ainda sentia que seu dever não tinha acabado. De alguma maneira ele tinha de chegar aos homens que estavam na frente e contar sobre o estado dos dois artilheiros, caso a ordem para saltar ainda não tivesse sido dada. Sua única chace seria um pouso forçado. Pela segunda vez ele fez sua perigosa travessia por sobre o buraco. Estava duplamente difícil já que suas mãos e pernas estavam bastante queimadas. Seus dedos quase congelados pelo frio. Ele se agarrava a parece da fuselagem usando tanto os cotovelos e joelhos quanto suas mãos. Diversas vezes teve de parar e coar o corpo a fuselagem para não ser arrastado pelo vento. Só depois de passar bem além do buraco ele teve coragem de pisar novamente no chão do avião. Então seguiu em frente gritando aos outros tripulantes que Potts e Price estavam lá atrás e incapacitados.

Horrorizados com as condições de Thompson, Kneebone e Hartshorn o protegeram da exposição ao vento frio o melhor que puderam. Neste meio tempo Denton continuava a lutar para manter o Lancaster sob controle até que atingissem as linhas aliadas. Nas proximidades do Reno eles já haviam descido para 5000 pés.

Goebel, em pé ao lado de Denton, fazendo o papel de observador apontou para uma forte concentração de flak no lado direito e Denton imediatamente tomou uma ação evasiva. Mas neste mesmo momento o motor interno direito falhou. Eles haviam sido atingidos novamente.

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Re: The Highlander (em capitulos)

Mensagempor Augusto » 03 Ago 2011, 20:22

Eles começaram a perder altura rápido. Então, ao sul de Arnhem, 3 Fw 190 apareceram no meio da névoa, voando diretamente para eles.. Felizmente os caças seguiram em frente. Um esquadrão de Spitfires canadenses os estava perseguindo. Vendo o Lancaster lutando para voltar para casa com apenas dois motores os pilotos dos Spitfires suspenderam o combate e passaram a escoltar o bombardeiro, primeiro voando a seu lado, depois um pouco a frente mostrando o caminho para sua base. Mas o Lancaster estava praticamente acabado. Denton, ainda lutava com ele. Puxando o tempo todo o manche para trás e congelado pelo vento frio estava num estado de completa exaustão. Ele sabia que em alguns minutos teria de por o avião no chão e começou a procurar por algum lugar onde pudesse pousar. De repente um dos Spitifires cruzou a sua trajetória, mergulhando e depois subindo rapidamente bem na sua frente, evidentemente algum tipo de aviso. Então Denton viu o perigo. O combalido Lancaster voava direto para uma linha de cabos de alta tensão. Com o resto de suas forças ele puxou a coluna de controle para trás e livrou o avião.

Fazendo uma curva para evitar uma vila, Denton se dirigiu para uma área de campos de cultivo a sua esquerda. Nenhum dos campos parecia ser grande o suficiente. Denton escolheu dois campos divididos por uma cerca e colocou o Lancaster numa rota diagonal aos dois. Tendo atingido o solo no meio do primeiro campo o Lancaster deslisou através da cerca e da elevação de terra sobre a qual ela estava, destruindo o que restava do nariz e partindo em dois a fuselagem enfraquecida.

Continua...

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Re: The Hilander (em capitulos)

Mensagempor Batista » 03 Ago 2011, 20:44

Dá pra traduzir mais rápido :moon:

Daqui a pouco vai dizer que acabou a primeira temporada e teremos que esperar seis meses para ter novos textos :D :D :D :D :D :D :D

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Re: The Highlander (em capitulos)

Mensagempor Augusto » 05 Ago 2011, 19:55

A gasolina vazou pelos dutos rompidos, mas por algum motivo não pegou fogo. Denton bateu a cabeça contra a coluna de controle durante o pouso, mas conseguiu sair do avião sem maiores problemas. Ele viu pela primeira vez os danos na fuselagem. Todos os outros membros da tripulação conseguiram sair também, inclusive Potts que havia recobrado a consciência.

Thompson foi o primeiro homem que Denton viu. Tão grave era sua condição que Denton não o reconheceu. Suas mãos e face estavam enegrecidas e suas roupas em farrapos, mas Thompson ignorando sua própria condição procurava ajudar Potts e Prive. Ele se dirigiu a Denton de forma carinhosa: Belo pouso Chefe!
Goebel se afastou a procura de ajuda enquanto que Denton, Kneebone e Hartshorn se dirigiram a uma pequena casa carregando os feridos. Estava claro que Thompson e Potts estavam em más condições e Denton aplicou em cada um uma injeção de morfina. A pequena casa estava cheia de solidários camponeses holandeses. Vendo o patético estado de Thompson e Potts a maioria da mulheres começou a chorar.

Os Spitifires tinham reportado a posição do Lancaster e uma ambulância com dois médicos chegou em poucos minutos. Eles foram levados para um hospital em Eindhoven. Potts perdeu a consciência novamente e morreu no dia seguinte. Tudo o que Thompson havia feito por ele foi em vão. Price estava gravemente queimado na cabeça, mas bom o suficiente para voar para um hospital na Inglaterra 10 dias depois, onde se recuperou. Goebel fora fortemente atacado pelo congelamento das mãos e perdeu todas as pontas dos dedosde uma das mãos, mas também ficou bem.

Thompson estava terrivelmente queimado e muito mal para poder voar para casa, mas com injeções regulares de penicilina, na época um novo medicamente, fez um grande progresso e parecia fora de perigo. Suas queimaduras, no entanto, eram extensivas demais para uma real recuperação e ainda que tenha sido tão galante paciente como foi tripulante, sempre alegre e sem reclamações, perguntando todos os dias pelas condições de saúde de seus companheiros e sempre disposto a um sorriso, morreu três semanas depois de pneumonia a despeito de todos os esforços para salva-lo.

Por sua esplêndida resistência e coragem em trazer o avião de volta em segurança, Henry Denton foi agraciado com uma DFC. George Thompsom foi postumamente agraciado com uma Victoria Cross.

Apenas um homem de grande força física e moral poderia ter tirado um adulto de dentro de uma torre emperrada e em chamas apoiando-se a beira de um buraco. Sua ação subsequente indo ajudar ao artilheiro de cauda, embora sofrendo queimaduras que o desfiguraram além do reconhecimento, salvou a vida do artilheiro ainda que a custa da sua própria.

Sua ação lhe garantiu a que talvez tenha sido a mais emblemática de uma eloquente história dos ganhadores da VC.

“Sua coragem “ dizia a citação “ foi raramente igualada e nunca superada.”


Imagem


Do livro Srike Hard, Strike Sure de Ralph Baker.

Marcelo Tarkus
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Re: The Highlander (em capitulos)

Mensagempor Marcelo Tarkus » 05 Ago 2011, 20:37

História bacana!

Valeu Augusto!
Tarkus

luiz carlos-f100
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Re: The Highlander (em capitulos)

Mensagempor luiz carlos-f100 » 05 Ago 2011, 23:35

Show :ok
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Mobi
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Re: The Highlander (em capitulos)

Mensagempor Mobi » 06 Ago 2011, 01:44

Augusto,

Obrigado pela tradução!

Belíssima história!

Abraço,
Mobi


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