Associação de Plastimodelismo do Rio de Janeiro

Bom trabalho!

Muito mais trabalho do que eu imaginei, mas esta indo muito bem.

Estou gostando muito dessa montagem.

Não fizeste mais nada, Midnight?

Tá faltando reportar... no fim de semana posto uma atualização.
Está em pintura no momento.

Lixa.
Muita lixa!



Foi uma luta pra tentar reduzir um pouco o exagero dos painéis do kit, mas acho que deu algum resultado. Embora eu tenha achado que teve lugares onde a gravação é irregular e o tratamento não funcionou 100%, outros onde eu exagerei um pouco na lixa+primer, enfim, vivendo e aprendendo... pelo menos estão menos exagerados, embora num próximo eu pense em ser ainda mais radical.

Uma sequência do trabalho em uma área na fuselagem:









E tome de lixa e lixa e lixa, acha defeito lixa lixa lixa, retoca repinta lixa lixa lixa - o kit é grande!
Usei na sequência, 320, 400 e 600, e o primer acrílico da Vallejo fecha bem a porosidade que resta da 600.

Depois do primer, uma demão de "alumínio" - que já será a cor das superfícies inferiores.

Essa faina no total consumiu a maior parte de uma semana de trabalho...



Prateado!
Os Sunderland Mk.I originalmente eram pintados assim e eu achei maneiro, fica a dica pra quem quiser fazer um esquema 1939 (bastam aparecer os decais pra tanto):






Daqui a pouco continua, tem mais!

Continuando enquanto tem coisa secando na bancada

Um pouco sobre a pintura:

O Sunderland I era normalmente pintado de Dark Slate Grey (DSG, FS34096, um verde meio olivado, meio acinzentado, cor de ardósia como diz o nome) e Extra Dark Sea Grey (EDSG, FS36118, um cinza médio pra escuro), com o fundo variando entre um primer de alumínio e o Sky (FS34583, um verde claro). O esquema que escolhi é de um Sunderland que foi destacado para servir na costa da África em meados de 1941, pintado de DSG/EDSG/Alumínio.

Pras cores, escolhi um conjunto da Revell Acryl que já estava no estoque. É, o match das cores NÃO é perfeito. Especialmente o DSG dá uma briga danada, cada referência diz uma coisa e dá um match diferente pro 34096. Pra piorar, eu não tenho um chip do FS exato pra comparar, só fotos e amostras no computador (=exatidão zero). Como eu estou fazendo a tinta já razoavelmente desbotada pela ação do tempo (comum nesses aviões), mais de uma cor foi usada pra compor o efeito da tinta "queimada".

Assim sendo, Gestapo-das-Cores, me perdoe. Esta foi a minha interpretação e pronto!




Isso posto, , mandei o verde em todo o avião, exceto as superfícies inferiores que foram mascaradas. Pra facilitar a demarcação, encaixei e segurei com pritt tack e fita as naceles dos motores. As asas estavam ainda separadas, porque queria poder manusear as coisas com mais facilidade.

Hora de entrar em ação a novíssima arma secreta que chegou esta semana, direto do Japão





Caramba, que aerógrafo.

Pra ir me acostumando com ele (como é fácil acostumar com coisa boa! ) fui aplicando camadas bem finas e transparentes de uma mistura do R361 (um oliva acinzentado) com R67 (um tom pouco mais claro e acinzentado de verde) e brilho fácil pra fazer o desbotado da tinta, em cada painel. Com um pouquinho de prática, deu pra fazer um efeito que achei que ficou muito bom. Não é um post-shade, é um post-lights... incorporado ao repertório!

Difícil está capturar isso nas fotos, o efeito do cinza nas fotos fica mais evidente...

Para a camuflagem, máscara mista com rolinhos de Pritt Tack delineando e máscara líquida fechando as áreas. Vejam em uma das asas:


(ainda sem a máscara líquida e sem os post-lights no verde. Os quadradinhos de fita são pro abestado aqui saber QUAIS áreas são pra receber máscara líquida)


(cinza pintado e com o post-lights aplicado)


Já deve ter secado.
Daqui a pouco continua!

Maravilha!

Perguntinha... quando tira a máscara líquida não fica nada marcado? Nenhum resíduo da máscara ou descascado?

Primeiramente vou responder ao Giordano:

Não, Mestre, não descasca, mancha, solta as tiras ou deixa cheiro.
Funciona perfeitamente, creio que cheguei a um jeito razoavelmente fácil e rápido (pra mim) de mascarar camuflagens assim.

Estou usando:

- Pritt Tack, que é relativamente consistente e obediente. E usada corretamente não deixa nenhum resíduo (embora não use tintas à base de thinner, aí eu não sei). Faço uns macarrões com uns 2-3 mm de diâmetro e faço os contornos;

- Máscara líquida para artesanato (da Corfix, mas a Acrilex também tem e é a mesma coisa). Comprei a da Corfix porque era um real mais barata (R$ 8 ) do que a Acrilex na papelaria. É à base de latex e água. Tem um cheiro de amônia, pensei que ia afetar a tinta (acrílica) por baixo mas nada. Quando seca faz uma borracha semelhante à daqueles balões de assoprar de festa. Fica uma película incolor. Eu ainda adiciono um bocado de tinta acrílica ao material pra fazer uma cor contrastante (no caso, usei um vermelho), pigmentando a borracha. Misturando bem a borracha líquida fica mais parecendo uma emulsão aerada, o que é ótimo pra aplicar. A cor adicionada não passa de jeito nenhum pra pintura do kit, é ver pra crer. Aplico com um cotonete e/ou microbrush (este pros cantinhos, etc)

Essa máscara líquida é essencialmente a mesma coisa que o Maskol da Humbrol ou aquela máscara da Vallejo. A diferença é o preço e a disponibilidade. Ademais, é um produto perecível e portanto vale a pena comprar esse "barato".

Acho que uma grande vantagem desse sistema de mascaramento é que ele aguenta bastante bem a manipulação do kit durante a pintura e só "sai" quando a gente realmente quer. A aderência tanto da massa quanto da borracha é razoavelmente menor que a da fita Tamyia também, o que reduz muito a chance de descascamento - se a fita não arranca, não será este sistema que arrancará a tinta...

Algumas fotos que tirei hoje ao remover a máscara do Sunderland:







HTH!

As fotos da resposta acima ao Giordano já mostram aonde está a montagem e como estou atrasado no relato...

Vamos tentar recuperar.

Asas pintadas, decidi colá-las à fuselagem para já pintar a emenda dando acabamento. Foi uma sábia decisão.

As metades da asa de bombordo ficaram ligeiramente descasadas na área que faz contato com a fuselagem. Ia ficar uma vala de pouco menos de 1mm entre a parte inferior da asa e a fuselagem. Não creio que tenha sido vacilo na montagem, pois as metades da asa são pinadas e as linhas de painel estavam casando corretamente. Italeri!

Fiz um espaçador com chapa de plástico, cortei, lixei e ficou decente, pelo menos tirou a trincheira que ia se abrir ali.




Problema 2: a Italeri fez uma superfície de contato pra colagem meio pequena entre a asa e o casco. Tem um "contorno" do perfil da asa de cerca de 1mm de espessura. Achei muito pouco pra segurar as asas, elas são bastante grandes e pesadas. Resolvi apelar pra um reforço estrutural de emergência: durepoxi 24h. Se colou a ponte Rio-Niterói, deve colar também as asas...

Fiz um teste de quantidade com a pritt tack e depois preparei um bocado de durepoxi. Colei só o necessário, depois de dar uma arranhada nas superfícies de contato. Até agora as asas não cairam, e já segurei o modelo todo um bocado de vezes por uma delas. Pra quem for fazer o kit eu recomendaria engenheirar nas fases iniciais da construção uma viga (spar) auxiliar em plástico ou metal. Eu não fiz, tive que ir de durepoxi mesmo.

Fotos:







Pelo menos o alinhamento ficou porreta!

Continua...

Putz, trabalheira danada, e uma boa aula de modelismo!

edklingon escreveu:Putz, trabalheira danada, e uma boa aula de modelismo!

Exatamente o que eu pensei. Embora seja um kit impressionante pelo tamanho, é lamentável que nos dias de hoje uma empresa grande como a Italaeri ainda faça kits com essas falhas todas de projeto. Isso é o tipo da coisa que queima o produto, quem vê o trabalho que dá montar um desses, perde logo a vontade comprar.

Abs,

Ricardo

Ed, aula nada. Só estou relatando o tipo de coisa que a gente encara no dia a dia...

Ricardo, não é que desanime. Acho que o da Airfix (a única opção disponível) vai dar ainda mais trabalho pra ficar no mesmo padrão. Este é apenas mais um daqueles kits que exigem um pouco mais da gente do que apenas montar as peças no lugar indicado. O que tem a sua graça, também.

Por outro lado, realmente, não dá pra indicar este kit prum iniciante se ele quiser montar um modelo legal do Sunderland, ele vai apanhar mais que o normal. De fato, um kit assim pra iniciantes ainda está por aparecer na minha opinião.

Quero ver como vai vir o Short Stirling que a Italeri está anunciando pra 2013...

Xará além do nome em comum agora também usamos o mesmo modelo de aerógrafo


Acompanhando.

Eduardo, valeram as explicações sobre os materiais que você usou no mascaramento. Achei interessante a textura dos "veios" pintados. Numa nave de ficção em scratch deve ficar interessante trabalhar essa técnica de mascaramento como efeito de textura na superfície.

Cheguei a usar Maskol uma vez numa ilustração, mas manchou o papel e deixou resíduos. Não sei se o material estava vencido ou se usei sobre um papel inadequado.

Números do nosso GB até o momento:
Temos ainda cerca de 4 meses para o evento, quando termina o GB.

15 participantes.
28 kits inscritos.
05 participantes finalizaram seus kits.
09 kits finalizados. (Tarkus finalizou 4 kits)

Um abraço.