Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
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Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Depois de feito o review estou dando início a essa montagem... pra variar um pouco dos Spitfires
O review está neste link, pra quem não acessou ainda:
http://www.aprj.com.br/index.php?option ... &Itemid=53
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Primeiramente, uma picotada nas árvores pra colher as peças principais e um primeiro dryfit pra começar a pensar a estratégia para atacar o modelo:
Mas a famigerada fresta entre os inserts do canopi não é lenda: Vou pensar qual o jeito menos traumático para atacar esse problema.
Antes, vou preparar o interior do cockpit pra só então ver como ele se insere e então pensar se vale a pena inserir um pedaço de plasticard na fresta ou se dá pra simplesmente apertar bem a junção e usar só massa... meu medo é que alargando a fuselagem o para brisas e o canopi fiquem estreitos e corrigir isso pode ser um pesadelo. Veremos!
Enquanto isso, picotei as peças básicas do cockpit pra limpá-las mais tarde e começar de fato a montagem. Devo passar uns dias nesta fase, aos poucos vou postando o progresso aqui.
Até!
Como era de se esperar, o avião é grande pra caramba e os encaixes são padrão Hasegawa. Promete.Mas a famigerada fresta entre os inserts do canopi não é lenda: Vou pensar qual o jeito menos traumático para atacar esse problema.
Antes, vou preparar o interior do cockpit pra só então ver como ele se insere e então pensar se vale a pena inserir um pedaço de plasticard na fresta ou se dá pra simplesmente apertar bem a junção e usar só massa... meu medo é que alargando a fuselagem o para brisas e o canopi fiquem estreitos e corrigir isso pode ser um pesadelo. Veremos!
Enquanto isso, picotei as peças básicas do cockpit pra limpá-las mais tarde e começar de fato a montagem. Devo passar uns dias nesta fase, aos poucos vou postando o progresso aqui.
Até!
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Trabalho, regatas... pouco tempo na bancada.
Mas vamos lá, tem progresso!
Limpei as peças do cockpit e comecei a aplicar os PEs. Tem muita coisa ainda pra aplicar!
Só pra dar uma ideia de como a coisa vai
Colei no lugar aquele plug pra fazer o cockpit "bubbletop". Lembrando, a Hasegawa fez esse esquema de modo a aproveitar 90% da fuselagem, que é a mesma dos "cardoor".
Primeiro, cola nas extremidades de vante e ré, depois colei a aresta inferior. Com isso deu pra garantir o melhor alinhamento possível: Uma passadinha de lixa e ficou certinho: E a fresta na junção superior ficou evidente, porém tratável: O problema é que esse plug cria umas linhas de painel inexistentes, que marquei em vermelho e devem ser eliminadas: Vejam fotos do 1:1 A solução foi emassar, depois de lixar a gente limpa qualquer imperfeição nas linhas de painel: Por enquanto é isso, vamos continuar com os PEs do cockpit e em paralelo vamos ajustando aquelas linhas de painel inexistentes.
Mas vamos lá, tem progresso!
Limpei as peças do cockpit e comecei a aplicar os PEs. Tem muita coisa ainda pra aplicar!
Só pra dar uma ideia de como a coisa vai
Colei no lugar aquele plug pra fazer o cockpit "bubbletop". Lembrando, a Hasegawa fez esse esquema de modo a aproveitar 90% da fuselagem, que é a mesma dos "cardoor".
Primeiro, cola nas extremidades de vante e ré, depois colei a aresta inferior. Com isso deu pra garantir o melhor alinhamento possível: Uma passadinha de lixa e ficou certinho: E a fresta na junção superior ficou evidente, porém tratável: O problema é que esse plug cria umas linhas de painel inexistentes, que marquei em vermelho e devem ser eliminadas: Vejam fotos do 1:1 A solução foi emassar, depois de lixar a gente limpa qualquer imperfeição nas linhas de painel: Por enquanto é isso, vamos continuar com os PEs do cockpit e em paralelo vamos ajustando aquelas linhas de painel inexistentes.
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Se o problema eram aqulas linhas de painel...
BRAVO ZULU E a faina dos PEs continua... hora de usar a paciência! Continua!
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Pausa pro almoço, postando um dryfit do cockpit com alguns dos PEs, antes de pintar.
As partes da "gaiola" estão apenas apontadas com cola branca - preciso desmontar senão fica complicado pintar.
Evidentemente, os PEs coloridos só entrarão depois.
O painel ainda é o do kit - talvez eu recorte um em plasticard pra fazer a base pro PE colorido, é um pecado sacrificar essa peça.
O mesmo vale pro assento, dobrar o PE vai ser assunto pra hoje de noite. Depois, pintar e avançar.
As partes da "gaiola" estão apenas apontadas com cola branca - preciso desmontar senão fica complicado pintar.
Evidentemente, os PEs coloridos só entrarão depois.
O painel ainda é o do kit - talvez eu recorte um em plasticard pra fazer a base pro PE colorido, é um pecado sacrificar essa peça.
O mesmo vale pro assento, dobrar o PE vai ser assunto pra hoje de noite. Depois, pintar e avançar.
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Não vai usar o painel em PE?
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Vou sim, só apontei o original do kit pra compor a foto.Augusto escreveu:Não vai usar o painel em PE?
Fiz uma base em plasticard pra não sacrificar este painel, ele é muito bacana e usado com os decais pode ser útil um dia para alguém.
Editado pela última vez por meianoite2 em 16 Set 2018, 14:15, em um total de 1 vez.
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Continuando, após uns dias dedicados ao Mar e ao trabalho, essas coisas que atrapalham o Modelismo...
Problemas!
Após o dryfit do cockpit, percebi que havia algo estranho com a placa de blindagem: (1) não havia espaço entre o assento e a placa (por onde desce o cinto de segurança) e (2) ficava um gap entre o final da fuselagem e a placa. Fui conferir as instruções e reparem que a Eduard manda colar a peça em PE de forma diferente da que ela está originalmente moldada: O resultado ficava assim: Descolei a peça e recoloquei-a da forma que acho mais correta: O resultado ficou assim, acho que o posicionamento da placa de blindagem agora está correto: Calma que tem mais... a seguir!
Problemas!
Após o dryfit do cockpit, percebi que havia algo estranho com a placa de blindagem: (1) não havia espaço entre o assento e a placa (por onde desce o cinto de segurança) e (2) ficava um gap entre o final da fuselagem e a placa. Fui conferir as instruções e reparem que a Eduard manda colar a peça em PE de forma diferente da que ela está originalmente moldada: O resultado ficava assim: Descolei a peça e recoloquei-a da forma que acho mais correta: O resultado ficou assim, acho que o posicionamento da placa de blindagem agora está correto: Calma que tem mais... a seguir!
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
E eu que pensei que os problemas tinham acabado...
Fui preparar o assento do piloto em PE, muito bacana, todo detalhado.
Pra quê.
Estranhei o tamanho do assento... parecia muito grande. De fato, era muito maior que o do kit - que já me parecera grande. Bom, vai ver que o pessoal da Hawker gostava de conforto - fui ver fotos do cockpit na internet. Não, é um assento "normal" pra época, nada grande demais.
Peguei uma figura de piloto 1:48 (dum 109E da Tamyia), medi o cara - ele devia medir 1,70 mais ou menos - e "sentei" ele nos assentos. No do kit, proporcional.
No PE da Eduard... parecia que ele estava sentado num trono! Francamente, parece que o "cara da calculadora" da Eduard atacou de novo.
Uma pena, esse kit é mais bacana que o original da Hasegawa (e caro) também por causa desses acessórios. Este não vai servir pra nada, a não ser que apareça algo 1/32 precisando...
Vamos ver as demais peças dessa folha de PE nos próximos dias, agora também estou suspeitando do resto.
Resumo da ópera: Não precisam perder o seu tempo com esse assento em PE, usem o original da Hasegawa - basta dar uma afinada...
Fui preparar o assento do piloto em PE, muito bacana, todo detalhado.
Pra quê.
Estranhei o tamanho do assento... parecia muito grande. De fato, era muito maior que o do kit - que já me parecera grande. Bom, vai ver que o pessoal da Hawker gostava de conforto - fui ver fotos do cockpit na internet. Não, é um assento "normal" pra época, nada grande demais.
Peguei uma figura de piloto 1:48 (dum 109E da Tamyia), medi o cara - ele devia medir 1,70 mais ou menos - e "sentei" ele nos assentos. No do kit, proporcional.
No PE da Eduard... parecia que ele estava sentado num trono! Francamente, parece que o "cara da calculadora" da Eduard atacou de novo.
Uma pena, esse kit é mais bacana que o original da Hasegawa (e caro) também por causa desses acessórios. Este não vai servir pra nada, a não ser que apareça algo 1/32 precisando...
Vamos ver as demais peças dessa folha de PE nos próximos dias, agora também estou suspeitando do resto.
Resumo da ópera: Não precisam perder o seu tempo com esse assento em PE, usem o original da Hasegawa - basta dar uma afinada...
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
21 de novembro. Depois de um longo intervalo, voltando a relatar esta montagem, contando o que aconteceu de setembro pra cá.
Após um bocado de trabalho no assento, vamos começar a fechar este cockpit.
Primeiramente, uma demão de white aluminium da AK nas peças básicas, pra embasar a pintura. Há pouco consenso na literatura sobre a cor dos cockpits dos Typhoon, o que me parece é que eles foram inicialmente pintados em interior green mas foram aos poucos passando a serem pintados em night (preto) nas áreas próximas ao piloto, recebendo um primer alumínio na estrutura tubular, nas partes inferiores do interior e no assento do piloto. Resolvi seguir esse esquema, que é coerente com o interior do Typhoon restaurado e do cockpit que está no Museu da RAF., bem como em boa parte das fotos de exemplares das últimas séries, mesmo as em P&B. Posso estar equivocado, mas é o que foi.
Aproveitei a deixa para acrescentar alguns PEs que ficam nas metades do cockpit, alguns boxes de controles e a catraca do canopi. Uma análise mais atenta desses itens feita depois que tudo estava já fechado apontou algumas inconsistências entre o proposto pela Eduard e o que era instalado nos cockpits dos “sliders”, os Typhoon com capota em bolha – por exemplo, na metade de bombordo entra um box que é claramente o seletor de frequências do rádio, que realmente estava lá nos “cardoors” mas que foi movido para o console de boreste, ao lado do assento. Acabei deixando esse box lá, deixa o cockpit mais “cheio”, mas agora estou convencido que isso não é acurado. Paciência, está lá e o dano de tentar refazer tudo com a fuselagem fechada seria maior que o benefício...
O próximo passo foi fazer o “forro” do assento do piloto. Pelo que consta, uma peculiaridade do assento do Typhoon é que o espaldar do assento era vazado e as costas do piloto apoiavam-se em uma teia de elásticos coberta por uma forração em couro. Isso foi uma adaptação para fazer a pilotagem um pouco mais confortável absorvendo parte da enorme vibração causada pelo motor, que incomodava bastante os pilotos. O assento original não representa esse forro, que tem um padrão “diamante” bem característico e um cadarço visível que o fixava ao banco na parte superior. Depois de algumas tentativas, fiz uma peça em scratch com plasticard e um cadarço em fio de cobre bem fino, “costurado” na peça. Uma vez pintado acho que ficou razoável.
A alavanca de elevação do assento é oferecida em PE, mas a alavanca em si ficava muito pouco espessa, substituí ela por um pedacinho de plástico. Pintado, dá pra enganar.
A mesma coisa fiz com a manete do “acelerador”. Tudo pintado, mais dryfit e descobri mais um problema, agora com a placa de blindagem. Colada na estrutura como indicado, ela fica baixa demais – forçando o assento a ficar com as “costas” numa posição incompatível com as fotografias. Talvez porque as fotos mostrem o assento na posição mais elevada. Removi mais uma vez a placa, “subi” ela com um pedacinho de plasticard até a altura correta e ok. Aí descobri que a parte mais circular da blindagem, atrás da cabeça, ficou alta demais e não permitia que o canopi ficasse corretamente no lugar. Olhando para as fotos, de fato essa parte da placa é grande demais... limei com auxílio do motorzinho essa parte encurvada até que o canopi “entrasse” no lugar.
Nova pintura na placa, últimos PEs no lugar (deixei os cintos verticais para montar mais para o final), painel de controle com as trocentas alavanquinhas e retoques sempre necessários (não é necessário sequer usar a peça de plástico para apoiar o painel, colei ele só no PE mesmo e ficou OK), manche OK e no lugar, finalmente o cockpit ficou pronto.
Uma última peça é o conjunto de radiador/entrada de ar do queixo. Como vou fazer um avião com o filtro de poeira “cuckoo door”, tive que usar a peça que faz um pequeno cilindro em PE, uma peça sempre complicadinha mas que ficou bem correta.
Estamos agora bem perto de “fechar o pastel”.
Continua!
Após um bocado de trabalho no assento, vamos começar a fechar este cockpit.
Primeiramente, uma demão de white aluminium da AK nas peças básicas, pra embasar a pintura. Há pouco consenso na literatura sobre a cor dos cockpits dos Typhoon, o que me parece é que eles foram inicialmente pintados em interior green mas foram aos poucos passando a serem pintados em night (preto) nas áreas próximas ao piloto, recebendo um primer alumínio na estrutura tubular, nas partes inferiores do interior e no assento do piloto. Resolvi seguir esse esquema, que é coerente com o interior do Typhoon restaurado e do cockpit que está no Museu da RAF., bem como em boa parte das fotos de exemplares das últimas séries, mesmo as em P&B. Posso estar equivocado, mas é o que foi.
Aproveitei a deixa para acrescentar alguns PEs que ficam nas metades do cockpit, alguns boxes de controles e a catraca do canopi. Uma análise mais atenta desses itens feita depois que tudo estava já fechado apontou algumas inconsistências entre o proposto pela Eduard e o que era instalado nos cockpits dos “sliders”, os Typhoon com capota em bolha – por exemplo, na metade de bombordo entra um box que é claramente o seletor de frequências do rádio, que realmente estava lá nos “cardoors” mas que foi movido para o console de boreste, ao lado do assento. Acabei deixando esse box lá, deixa o cockpit mais “cheio”, mas agora estou convencido que isso não é acurado. Paciência, está lá e o dano de tentar refazer tudo com a fuselagem fechada seria maior que o benefício...
O próximo passo foi fazer o “forro” do assento do piloto. Pelo que consta, uma peculiaridade do assento do Typhoon é que o espaldar do assento era vazado e as costas do piloto apoiavam-se em uma teia de elásticos coberta por uma forração em couro. Isso foi uma adaptação para fazer a pilotagem um pouco mais confortável absorvendo parte da enorme vibração causada pelo motor, que incomodava bastante os pilotos. O assento original não representa esse forro, que tem um padrão “diamante” bem característico e um cadarço visível que o fixava ao banco na parte superior. Depois de algumas tentativas, fiz uma peça em scratch com plasticard e um cadarço em fio de cobre bem fino, “costurado” na peça. Uma vez pintado acho que ficou razoável.
A alavanca de elevação do assento é oferecida em PE, mas a alavanca em si ficava muito pouco espessa, substituí ela por um pedacinho de plástico. Pintado, dá pra enganar.
A mesma coisa fiz com a manete do “acelerador”. Tudo pintado, mais dryfit e descobri mais um problema, agora com a placa de blindagem. Colada na estrutura como indicado, ela fica baixa demais – forçando o assento a ficar com as “costas” numa posição incompatível com as fotografias. Talvez porque as fotos mostrem o assento na posição mais elevada. Removi mais uma vez a placa, “subi” ela com um pedacinho de plasticard até a altura correta e ok. Aí descobri que a parte mais circular da blindagem, atrás da cabeça, ficou alta demais e não permitia que o canopi ficasse corretamente no lugar. Olhando para as fotos, de fato essa parte da placa é grande demais... limei com auxílio do motorzinho essa parte encurvada até que o canopi “entrasse” no lugar.
Nova pintura na placa, últimos PEs no lugar (deixei os cintos verticais para montar mais para o final), painel de controle com as trocentas alavanquinhas e retoques sempre necessários (não é necessário sequer usar a peça de plástico para apoiar o painel, colei ele só no PE mesmo e ficou OK), manche OK e no lugar, finalmente o cockpit ficou pronto.
Uma última peça é o conjunto de radiador/entrada de ar do queixo. Como vou fazer um avião com o filtro de poeira “cuckoo door”, tive que usar a peça que faz um pequeno cilindro em PE, uma peça sempre complicadinha mas que ficou bem correta.
Estamos agora bem perto de “fechar o pastel”.
Continua!
Editado pela última vez por meianoite2 em 26 Nov 2018, 17:12, em um total de 1 vez.
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
24-25/11
Hora de fechar o pastel!
Antes de tudo, uma pegadinha oculta nas instruções. A área da capota que fica para dentro do para-brisas do Typhoon deve ser removida (limada), ela é “vazada” e a mira fica apoiada por uma estrutura tubular que, a propósito, é oferecida em PE no kit. É importante cortar fora e dar um acabamento nessa área antes de fechar a fuselagem, fazer isso depois quase certamente danificará alguma coisa dentro do cockpit. Fica a dica!
Como já havíamos visto anteriormente, formou-se uma fresta relativamente grande na emenda das metades da fuselagem na área do plug que forma o cockpit “slider”. Na parte traseira foi possível trabalhar com um pouco de lixa para atenuar a fresta e confiar no emassamento – até porque boa parte dessa área será coberta por uma peça em PE.
Já na parte entre o para-brisas e o motor foi necessário colar um pedacinho de plasticard para fechar a maior parte da fresta; o acabamento seria com massa e lixa. Sempre lembrando que o Typhoon não tem uma linha de painel separando as metades da fuselagem; o “topo” da fuselagem é sempre composto por placas inteiriças, seja na tampa do motor, na cobertura do tanque de óleo e na fuselagem traseira (o mesmo vale para a porção inferior da fuselagem e do “queixo”). Isso de uma certa forma facilita o trabalho, é só colar direitinho e emassar e lixar de acordo.
A boa notícia é que temos um “chassis” Hasegawa, ou seja, o encaixe é muito bom e o alinhamento muito pouco problemático. É claro que este manza aqui deu uma vacilada na porção inferior da fuselagem e teve que ajustar um pouco mais que o necessário, mas nada demais.
De fato, ficou uma pequena linha marcando a emenda das fuselagens, natural do processo de colagem. Após tudo bem seco, preenchi essa linha e as frestas que restaram – especialmente nas áreas adjacentes ao plug do cockpit, que ficou menos bem encaixado – primeiro com cianoacrilato e depois um acabamento com massa. Usei a massa cinza da Tamyia e a Mr. Dissolved Putty da Gunze, excelente para esse serviço mais fino (essa massa nada mais é que o putty branco deles pré-dissolvido com o diluente da Mr. Color). A aplicação pode ser feita com um palitinho e uma vez seca (leva um tempo pra isso), lixa perfeitamente e o acabamento é impecável. Coisa de japonês!
Durante o processo de lixagem descobri que iria rapidamente quebrar a frágil placa de blindagem com a minha mão pesada. Fiz então um “santantônio” para proteger a área do cockpit, o que foi bom também para manter o cockpit livre de pó de lixa.
Em paralelo, furei as asas inferiores para receber os foguetes (este será um RockPhoon), o pitot e o estribo e juntei as partes. O encaixe é muito bom, exceto que sobra uma pequena fresta nas laterais dos canhões e aquela linha inevitável da emenda. Nada que um pouquinho de Mr. Dissolved Putty e lixa não resolvam.
Fiz em scratch algum cabeamento, etc no assoalho por debaixo do cockpit para não deixar aquela área muito “nua”. Um wash e a asa está ok para emendar.
A emenda das asas à fuselagem é excelente, chega a fazer um “click”. Ficou uma fresta realmente mínima na raiz da asa. Uma passada de Mr. Dissolved Putty, limpo com um cotonete úmido em acetona, e pronto. Um pouquinho de massa e lixa foi necessária também na porção inferior da emenda, apenas para alisar a linha de colagem.
Os RockPhoons tinham os faróis das asas removidos e seus compartimentos eram fechados com metal – rapidamente descobriram que o jato dos foguetes e as coberturas de acrílico dos faróis não combinavam muito bem. As instruções (corretamente) indicam isso. Colei os faróis no lugar, uma camada de massa, lixa e tudo liso. Aproveitei para colocar também as luzes de navegação, sem esquecer de fazer aquele pequeno furinho em cada peça e preencher com tinta para simular os bulbos das lâmpadas, verde boreste, encarnado bombordo. O kit fornece a combinação correta, nos Typhoons as coberturas das luzes de navegação eram transparentes e as lâmpadas é que eram coloridas (em vários outros aviões da época, as coberturas é que eram coloridas, mas este não é o caso).
E aqui estamos.
Próximos passos, limpar tudo, rever algumas linhas de painel e pequenos erros, primer, novos retoques...
Depois continuamos!
Hora de fechar o pastel!
Antes de tudo, uma pegadinha oculta nas instruções. A área da capota que fica para dentro do para-brisas do Typhoon deve ser removida (limada), ela é “vazada” e a mira fica apoiada por uma estrutura tubular que, a propósito, é oferecida em PE no kit. É importante cortar fora e dar um acabamento nessa área antes de fechar a fuselagem, fazer isso depois quase certamente danificará alguma coisa dentro do cockpit. Fica a dica!
Como já havíamos visto anteriormente, formou-se uma fresta relativamente grande na emenda das metades da fuselagem na área do plug que forma o cockpit “slider”. Na parte traseira foi possível trabalhar com um pouco de lixa para atenuar a fresta e confiar no emassamento – até porque boa parte dessa área será coberta por uma peça em PE.
Já na parte entre o para-brisas e o motor foi necessário colar um pedacinho de plasticard para fechar a maior parte da fresta; o acabamento seria com massa e lixa. Sempre lembrando que o Typhoon não tem uma linha de painel separando as metades da fuselagem; o “topo” da fuselagem é sempre composto por placas inteiriças, seja na tampa do motor, na cobertura do tanque de óleo e na fuselagem traseira (o mesmo vale para a porção inferior da fuselagem e do “queixo”). Isso de uma certa forma facilita o trabalho, é só colar direitinho e emassar e lixar de acordo.
A boa notícia é que temos um “chassis” Hasegawa, ou seja, o encaixe é muito bom e o alinhamento muito pouco problemático. É claro que este manza aqui deu uma vacilada na porção inferior da fuselagem e teve que ajustar um pouco mais que o necessário, mas nada demais.
De fato, ficou uma pequena linha marcando a emenda das fuselagens, natural do processo de colagem. Após tudo bem seco, preenchi essa linha e as frestas que restaram – especialmente nas áreas adjacentes ao plug do cockpit, que ficou menos bem encaixado – primeiro com cianoacrilato e depois um acabamento com massa. Usei a massa cinza da Tamyia e a Mr. Dissolved Putty da Gunze, excelente para esse serviço mais fino (essa massa nada mais é que o putty branco deles pré-dissolvido com o diluente da Mr. Color). A aplicação pode ser feita com um palitinho e uma vez seca (leva um tempo pra isso), lixa perfeitamente e o acabamento é impecável. Coisa de japonês!
Durante o processo de lixagem descobri que iria rapidamente quebrar a frágil placa de blindagem com a minha mão pesada. Fiz então um “santantônio” para proteger a área do cockpit, o que foi bom também para manter o cockpit livre de pó de lixa.
Em paralelo, furei as asas inferiores para receber os foguetes (este será um RockPhoon), o pitot e o estribo e juntei as partes. O encaixe é muito bom, exceto que sobra uma pequena fresta nas laterais dos canhões e aquela linha inevitável da emenda. Nada que um pouquinho de Mr. Dissolved Putty e lixa não resolvam.
Fiz em scratch algum cabeamento, etc no assoalho por debaixo do cockpit para não deixar aquela área muito “nua”. Um wash e a asa está ok para emendar.
A emenda das asas à fuselagem é excelente, chega a fazer um “click”. Ficou uma fresta realmente mínima na raiz da asa. Uma passada de Mr. Dissolved Putty, limpo com um cotonete úmido em acetona, e pronto. Um pouquinho de massa e lixa foi necessária também na porção inferior da emenda, apenas para alisar a linha de colagem.
Os RockPhoons tinham os faróis das asas removidos e seus compartimentos eram fechados com metal – rapidamente descobriram que o jato dos foguetes e as coberturas de acrílico dos faróis não combinavam muito bem. As instruções (corretamente) indicam isso. Colei os faróis no lugar, uma camada de massa, lixa e tudo liso. Aproveitei para colocar também as luzes de navegação, sem esquecer de fazer aquele pequeno furinho em cada peça e preencher com tinta para simular os bulbos das lâmpadas, verde boreste, encarnado bombordo. O kit fornece a combinação correta, nos Typhoons as coberturas das luzes de navegação eram transparentes e as lâmpadas é que eram coloridas (em vários outros aviões da época, as coberturas é que eram coloridas, mas este não é o caso).
E aqui estamos.
Próximos passos, limpar tudo, rever algumas linhas de painel e pequenos erros, primer, novos retoques...
Depois continuamos!
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
03 de dezembro
Continuando!
Estamos nos aproximando da fase da pintura, portanto é hora de concluir alguns detalhes do cockpit como por exemplo a mira. Como já havia avisado, a mira do Typhoon é suspensa em uma estrutura tubular, algo diferente da peça oferecida em PE pela Eduard. Usando-a como base, fiz uma em scratch com barrinhas de estireno da Evergreen. Poderia ter ficado mais acurada, mas certamente é bem melhor que o que o kit oferece. A propósito, a mira dos Typhoon de final da Guerra era um modelo modificado projetava apenas um ponto e uma retícula simples diretamente no parabrisas - ideia do Roland Beamont para facilitar o uso como caça bombardeiro. Consequentemente, a mira desses Typhoon não tem aquele vidro inclinado como se vê por exemplo na mira dos Spitfires. Alguns já no final mesmo usavam a "acemaker", que era mais "quadrada", mas o avião que vou montar pelas fotos usava mesmo essa modificada.
Pra fazer ela, cortei fora o vidrinho inclinado e fiz um "refletor" no topo. Lembra de longe a verdadeira, mas parece-me menos incorreta que a do kit. Pintei-a de preto, aparentemente essa do museu está no metal polido, mas não parece ser o caso das operacionais.
Fiz em scratch as luzes de navegação de ré (brancas), que ficam na parte de ré da raiz dos profundores. Usei a haste de um palitinho de café transparente, cortado, lixado e polido de acordo.
Parabrisas no lugar, transparências mascaradas (o esverdeado é máscara líquida já seca). Primer preto para fazer a face interna das molduras e caixas de rodas, Nessa últimas uma demão de White Aluminium (Extreme Metal) da AK, depois mascarados com pedacinhos de espuma fina.
Contra a minha prática usual, colei no lugar os profundores que são em resina (são maiores do que os do kit - os Typhoon das últimas séries usavam os profundores do projeto do Tempest, que finalmente resolveram os problemas aerodinâmicos que causavam vibrações na cauda). Normalmente gosto de colocar os profundores no final, facilita a pintura, aplicação dos decais, etc - mas o encaixe ainda mais de peças coladas com CA exigiria uma atenção maior que poderia danificar demais a pintura.
Mascarei as luzes de navegação (não vêm pré-cortadas, mas é fácil fazer com fita Tamiya) e as entrada e saída de ar dos radiadores do queixo e apliquei uma demão geral de primer cinza (poliester Dryco).
Claro que defeitos aparecem, bastante deles por sinal. Corrigidos dentro das possibilidades, um polimento e mais primer.
A faixa amarela do bordo de ataque das asas foi pintada e mascarada (acabei não fotografando).
Próximo passo, pintura!
Continuando!
Estamos nos aproximando da fase da pintura, portanto é hora de concluir alguns detalhes do cockpit como por exemplo a mira. Como já havia avisado, a mira do Typhoon é suspensa em uma estrutura tubular, algo diferente da peça oferecida em PE pela Eduard. Usando-a como base, fiz uma em scratch com barrinhas de estireno da Evergreen. Poderia ter ficado mais acurada, mas certamente é bem melhor que o que o kit oferece. A propósito, a mira dos Typhoon de final da Guerra era um modelo modificado projetava apenas um ponto e uma retícula simples diretamente no parabrisas - ideia do Roland Beamont para facilitar o uso como caça bombardeiro. Consequentemente, a mira desses Typhoon não tem aquele vidro inclinado como se vê por exemplo na mira dos Spitfires. Alguns já no final mesmo usavam a "acemaker", que era mais "quadrada", mas o avião que vou montar pelas fotos usava mesmo essa modificada.
Pra fazer ela, cortei fora o vidrinho inclinado e fiz um "refletor" no topo. Lembra de longe a verdadeira, mas parece-me menos incorreta que a do kit. Pintei-a de preto, aparentemente essa do museu está no metal polido, mas não parece ser o caso das operacionais.
Fiz em scratch as luzes de navegação de ré (brancas), que ficam na parte de ré da raiz dos profundores. Usei a haste de um palitinho de café transparente, cortado, lixado e polido de acordo.
Parabrisas no lugar, transparências mascaradas (o esverdeado é máscara líquida já seca). Primer preto para fazer a face interna das molduras e caixas de rodas, Nessa últimas uma demão de White Aluminium (Extreme Metal) da AK, depois mascarados com pedacinhos de espuma fina.
Contra a minha prática usual, colei no lugar os profundores que são em resina (são maiores do que os do kit - os Typhoon das últimas séries usavam os profundores do projeto do Tempest, que finalmente resolveram os problemas aerodinâmicos que causavam vibrações na cauda). Normalmente gosto de colocar os profundores no final, facilita a pintura, aplicação dos decais, etc - mas o encaixe ainda mais de peças coladas com CA exigiria uma atenção maior que poderia danificar demais a pintura.
Mascarei as luzes de navegação (não vêm pré-cortadas, mas é fácil fazer com fita Tamiya) e as entrada e saída de ar dos radiadores do queixo e apliquei uma demão geral de primer cinza (poliester Dryco).
Claro que defeitos aparecem, bastante deles por sinal. Corrigidos dentro das possibilidades, um polimento e mais primer.
A faixa amarela do bordo de ataque das asas foi pintada e mascarada (acabei não fotografando).
Próximo passo, pintura!
Sempre aprendendo...
Eduardo
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Fim de ano, festas, 2019 começa e o trabalho no Typhoon foi andando, aos pouquinhos.
Só que eu não postei nada do progresso, então vamos recuperar o tempo perdido, afinal o Typhoon está quase pronto...
Tínhamos parado o relato na pintura.
Tinha usado o primer poliéster do Dryco, intercalado em cada demão com "o paninho" de microfibra, uma forma excelente de tirar aquela poeirinha que se forma quando as demão de tinta são aplicadas bem finas e fazem a superfície paulatinamente mais rugosa. Uma outra ferramenta muito útil nesse processo de "polimento" entre as demãos é uma escova de dentes. Eu lanço mão de algumas, todas elas velhas conhecidas dos meus próprios dentes. A tinta seca muito rápido, o que adianta bastante esse trabalho de polimento.
Naqueles dias a bancada estava tão bagunçada que rolou um colapso nos trabalhos e tive que dar uma pausa pra limpeza e reorganização. A minha bancada na garagem fica praticamente ao ar livre, não há janelas por exemplo. Isso é ótimo em termos de ventilação, posso usar qualquer produto sem ter que ouvir reclamações ou ficar violentamente intoxicado, mas é um pesadelo pra acumular poeiras de todas as origens e naturezas. E como aqui em casa não temos empregada - outro terror dos modelistas - em compensação a limpeza "é comigo". Aqui uma panorâmica da bancada "arrumadinha" logo após a aplicação do primer:
A pintura de camuflagem da RAF do período é um processo relativamente simples, mas que requer algum mascaramento. Usei novamente tintas poliéster automotivo do Dryco ao longo do processo.
A faixa amarela do bordo de ataque veio primeiro, precedida de uma demão de primer branco no local (tintas amarelas em geral são meio translúcidas e para garantir que a cor final será a desejada sem necessidade de várias demãos um fundo branco é muito recomendável; isso vale para outras cores como os vermelhos).
Uma vez mascarada a faixa com fita Tamiya, apliquei o Medium Sea Grey no fundo, mascarei a demarcação e apliquei uma camada de Ocean Grey nas superfícies superiores. É, não fiz nenhum pre-shading mesmo, desta vez vou fazer todo o envelhecimento na base de washes e filtros.
Para as áreas em Dark Green, na falta de uma cômoda máscara pré-cortada tipo da AML, fiz a demarcação com cobrinhas de massa limpa tipos. Pra quem não conhece, a limpa tipos é um velho aliado dos desenhistas analógicos do Século XX que serve como apagador para desenhos com grafite (lápis). Inicialmente o bloquinho vendido parece uma borracha de apagar, mas a massa é maleável e pode ser conformada com os dedos, ficando bastante elástica depois de trabalhada. Ela "gruda" muito suavemente no modelo, especialmente se se aplicar um pouquinho de pressão com os dedos mas não deixa praticamente nenhum resíduo ou mancha após removida como fazem as Silly Putty e Blu-Tack / Pritt Tack da vida. É barato, reutilizável e encontra-se em qualquer boa papelaria ou loja de artes e desenho.
Mascaramento removido, felizmente nenhum retoque necessário, algumas camadas bem finas de Future (o legítimo!, mas vale qualquer bom verniz acrílico) e estamos prontos pros decais
Depois continuamos... afinal (era Natal!)
Só que eu não postei nada do progresso, então vamos recuperar o tempo perdido, afinal o Typhoon está quase pronto...
Tínhamos parado o relato na pintura.
Tinha usado o primer poliéster do Dryco, intercalado em cada demão com "o paninho" de microfibra, uma forma excelente de tirar aquela poeirinha que se forma quando as demão de tinta são aplicadas bem finas e fazem a superfície paulatinamente mais rugosa. Uma outra ferramenta muito útil nesse processo de "polimento" entre as demãos é uma escova de dentes. Eu lanço mão de algumas, todas elas velhas conhecidas dos meus próprios dentes. A tinta seca muito rápido, o que adianta bastante esse trabalho de polimento.
Naqueles dias a bancada estava tão bagunçada que rolou um colapso nos trabalhos e tive que dar uma pausa pra limpeza e reorganização. A minha bancada na garagem fica praticamente ao ar livre, não há janelas por exemplo. Isso é ótimo em termos de ventilação, posso usar qualquer produto sem ter que ouvir reclamações ou ficar violentamente intoxicado, mas é um pesadelo pra acumular poeiras de todas as origens e naturezas. E como aqui em casa não temos empregada - outro terror dos modelistas - em compensação a limpeza "é comigo". Aqui uma panorâmica da bancada "arrumadinha" logo após a aplicação do primer:
A pintura de camuflagem da RAF do período é um processo relativamente simples, mas que requer algum mascaramento. Usei novamente tintas poliéster automotivo do Dryco ao longo do processo.
A faixa amarela do bordo de ataque veio primeiro, precedida de uma demão de primer branco no local (tintas amarelas em geral são meio translúcidas e para garantir que a cor final será a desejada sem necessidade de várias demãos um fundo branco é muito recomendável; isso vale para outras cores como os vermelhos).
Uma vez mascarada a faixa com fita Tamiya, apliquei o Medium Sea Grey no fundo, mascarei a demarcação e apliquei uma camada de Ocean Grey nas superfícies superiores. É, não fiz nenhum pre-shading mesmo, desta vez vou fazer todo o envelhecimento na base de washes e filtros.
Para as áreas em Dark Green, na falta de uma cômoda máscara pré-cortada tipo da AML, fiz a demarcação com cobrinhas de massa limpa tipos. Pra quem não conhece, a limpa tipos é um velho aliado dos desenhistas analógicos do Século XX que serve como apagador para desenhos com grafite (lápis). Inicialmente o bloquinho vendido parece uma borracha de apagar, mas a massa é maleável e pode ser conformada com os dedos, ficando bastante elástica depois de trabalhada. Ela "gruda" muito suavemente no modelo, especialmente se se aplicar um pouquinho de pressão com os dedos mas não deixa praticamente nenhum resíduo ou mancha após removida como fazem as Silly Putty e Blu-Tack / Pritt Tack da vida. É barato, reutilizável e encontra-se em qualquer boa papelaria ou loja de artes e desenho.
Mascaramento removido, felizmente nenhum retoque necessário, algumas camadas bem finas de Future (o legítimo!, mas vale qualquer bom verniz acrílico) e estamos prontos pros decais
Depois continuamos... afinal (era Natal!)
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Antes de passar para os decais, vou relatar um pequeno drama.
O cubo da hélice de quatro pás, necessária para esse modelo, é uma (aliás belíssima) peça em resina oferecida pela Eduard como parte do kit. O kit-base da Hasegawa traz somente a hélice de três pás.
Na hora de tirar o cubo a pontinha dele "quebrou" e tive que emassar (o ponto branco na ponta da peça) e remover também os pontos de injeção do cubo que são na superfície externa, tem que lixar até sumirem.
Na foto, o final feliz com a peça já lixada como planejado:
Para manter a simetria - lixar a resina que é muito macia na mão quase certamente iria deformar a peça - preferi usar o motorzinho como um torno pra lixar sem criar buracos ou ficarem corcovas nos pontos de entrada da resina. O drama foi que na primeira tentativa liguei com uma velocidade alta demais e a peça voou, bateu no teto da garagem e sumiu
Podia ter ido parar em qualquer lugar nessa área:
Dei muita sorte de achar: ela deve ter batido no teto perto da lâmpada, passou entre os galhos da jaboticabeira e caiu no meio do quintal ao lado de um vaso de orquídeas.
Um pequeno milagre de Natal achar a peça no chão - isso aconteceu em 26 de dezembro!
Já estava bolando algum estratagema envolvendo retrabalhar o cubo do kit (da hélice de três pás) ou mesmo mandar uma cartinha chorosa pra Eduard pra tentar um cubo de reposição...
Dessa vez prendi o cubo de forma mais positiva na ponta giratória e fui aumentando a velocidade bem lentamente. Funcionou maravilhosamente!
Pelo menos esse modelo vai ter uma história pra contar
O cubo da hélice de quatro pás, necessária para esse modelo, é uma (aliás belíssima) peça em resina oferecida pela Eduard como parte do kit. O kit-base da Hasegawa traz somente a hélice de três pás.
Na hora de tirar o cubo a pontinha dele "quebrou" e tive que emassar (o ponto branco na ponta da peça) e remover também os pontos de injeção do cubo que são na superfície externa, tem que lixar até sumirem.
Na foto, o final feliz com a peça já lixada como planejado:
Para manter a simetria - lixar a resina que é muito macia na mão quase certamente iria deformar a peça - preferi usar o motorzinho como um torno pra lixar sem criar buracos ou ficarem corcovas nos pontos de entrada da resina. O drama foi que na primeira tentativa liguei com uma velocidade alta demais e a peça voou, bateu no teto da garagem e sumiu
Podia ter ido parar em qualquer lugar nessa área:
Dei muita sorte de achar: ela deve ter batido no teto perto da lâmpada, passou entre os galhos da jaboticabeira e caiu no meio do quintal ao lado de um vaso de orquídeas.
Um pequeno milagre de Natal achar a peça no chão - isso aconteceu em 26 de dezembro!
Já estava bolando algum estratagema envolvendo retrabalhar o cubo do kit (da hélice de três pás) ou mesmo mandar uma cartinha chorosa pra Eduard pra tentar um cubo de reposição...
Dessa vez prendi o cubo de forma mais positiva na ponta giratória e fui aumentando a velocidade bem lentamente. Funcionou maravilhosamente!
Pelo menos esse modelo vai ter uma história pra contar
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Re: Typhoon Mk.Ib 1/48 Limited Edition Eduard #11117
Passado o susto, hora dos decais.
Foram três demãos generosas de Future para deixar o kit um espelho, afinal o esquema escolhido prometia problemas. Deixei curar uns três dias na estufa natural que a minha garagem é no verão, criei coragem e comecei seguindo um caminho que poderia ser revertido caso algo "desse errado".
O MR-U, o Typhoon de boca de tubarão, é um avião razoavelmente bem documentado, com fotos durante e após a Guerra.
O esquema que escolhi inicialmente, e que é o proposto pela Eduard, tem além da boca pintada, uma faixa na fuselagem quadriculada em azul e branco, um campo pintado de branco a boreste do cockpit - especula-se que seria o campo para uma outra arte que nunca foi documentada - e o cubo da hélice, a face interna das tampas dos trem de pouso e o "cuckoo door" no nariz pintados de azul.
O primeiro desafio era achar um azul que correspondesse ao da tal faixa da fuselagem, fornecida como um decal.
Por muita sorte, eu tinha um azul ("azul vivo interior"), um poliéster automotivo do Dryco que tinha comprado para ser uma cor básica para misturas e que deu um match praticamente exato. Parece um azul royal, nada a ver com as cores "de camuflagem" que compõem 99% das tintas que tenho aqui. E, já vou adiantando, não tem muito a ver com a cor da Gunze sugerida nas instruções.
1x0, mas não pintei nada de azul por enquanto.
O passo seguinte foi tentar aplicar a boca.
Impressionante esses decais da Cartograf. Sim, estão novinhos e isso deve ajudar, mas a forma deles (a "boca" consiste de fato em duas peças, unidas pela linha de cento entre a hélice e o radiador) foi impressionantemente bem preparada, a área é feita por uma série de curvas compostas que devem ser o pior pesadelo de um designer de decais. Com todo o respeito, bastante MicroSet antes de aplicar o decal para facilitar o escorregamento, cada metade assentou escandalosamente bem nas faces do nariz. Muito reposicionamento a úmido, umas apertadinhas com um cotonete, um pouco de MicroSol aqui e ali, uma passada de lâmina nova para ajudar a descer em alguma linha de painel mais renitente e a aplicação da "boca" ficou praticamente perfeita.
2x0. O plano "B", caso a boca desse errado, seria fazer um outro esquema mais careta de "Rockphoon", tinha opções na folha de decais para tanto. Agora, a faixa da cauda. Decais quadriculados normalmente dão problemas de alinhamento, mas depois de algum reposicionamento (o bizú é sempre manter o decal bem umedecido, usando sem pena MicroSet e água) ele alinhou que nem acoplamento de nave espacial. Se pintasse jamais ficaria tão certo. E, se desse errado a faixa, o "Plano C" seria fazer o MR-U em combate, quando não tinha nada daquelas papagaiadas exceto a boca de tubarão. Sem faixa na cauda, cubo da hélice preto e etc. 3x0, placar garantido, o resto dos decais foi uma moleza só. Inclusive os estênceis da Eduard. Aí sim eu pintei aquelas peças de azul! Tudo OK? Nada!
Alguém se esqueceu de fazer um decal praquelas faixas antiderrapantes na raiz das asas (ou, melhor, alguém aqui esqueci de conferir se tinha decal pra elas).
Pintar o jeito é, diria Yoda.
Mascarar modelos com decais já aplicados sempre é um risco, e assim optei por um método de mascaramento menos agressivo, e mesmo assim somente após um par de demãos de future para selar os decais e dar algum grau de segurança quanto a corrigir algum imprevisto. A ideia é usar o mínimo de fita - e sempre que possível sem encostar nos decais já aplicados - e mascarar o resto todo com filme de PVC, aquele que a gente usa na cozinha. Excelente, o kit fica "plastificado" e como o PVC não adere não danifica nada. Fica a dica pra quem nunca tentou e precisa manusear o modelo já nas fases finais sem comprometer o acabamento. A faixa foi pintada com o excelente acrílico da K4 do amigo Richard Ordenes, do Chile. O resultado ficou bastante satisfatório para mim. Depois tem mais, está acabando!
Foram três demãos generosas de Future para deixar o kit um espelho, afinal o esquema escolhido prometia problemas. Deixei curar uns três dias na estufa natural que a minha garagem é no verão, criei coragem e comecei seguindo um caminho que poderia ser revertido caso algo "desse errado".
O MR-U, o Typhoon de boca de tubarão, é um avião razoavelmente bem documentado, com fotos durante e após a Guerra.
O esquema que escolhi inicialmente, e que é o proposto pela Eduard, tem além da boca pintada, uma faixa na fuselagem quadriculada em azul e branco, um campo pintado de branco a boreste do cockpit - especula-se que seria o campo para uma outra arte que nunca foi documentada - e o cubo da hélice, a face interna das tampas dos trem de pouso e o "cuckoo door" no nariz pintados de azul.
O primeiro desafio era achar um azul que correspondesse ao da tal faixa da fuselagem, fornecida como um decal.
Por muita sorte, eu tinha um azul ("azul vivo interior"), um poliéster automotivo do Dryco que tinha comprado para ser uma cor básica para misturas e que deu um match praticamente exato. Parece um azul royal, nada a ver com as cores "de camuflagem" que compõem 99% das tintas que tenho aqui. E, já vou adiantando, não tem muito a ver com a cor da Gunze sugerida nas instruções.
1x0, mas não pintei nada de azul por enquanto.
O passo seguinte foi tentar aplicar a boca.
Impressionante esses decais da Cartograf. Sim, estão novinhos e isso deve ajudar, mas a forma deles (a "boca" consiste de fato em duas peças, unidas pela linha de cento entre a hélice e o radiador) foi impressionantemente bem preparada, a área é feita por uma série de curvas compostas que devem ser o pior pesadelo de um designer de decais. Com todo o respeito, bastante MicroSet antes de aplicar o decal para facilitar o escorregamento, cada metade assentou escandalosamente bem nas faces do nariz. Muito reposicionamento a úmido, umas apertadinhas com um cotonete, um pouco de MicroSol aqui e ali, uma passada de lâmina nova para ajudar a descer em alguma linha de painel mais renitente e a aplicação da "boca" ficou praticamente perfeita.
2x0. O plano "B", caso a boca desse errado, seria fazer um outro esquema mais careta de "Rockphoon", tinha opções na folha de decais para tanto. Agora, a faixa da cauda. Decais quadriculados normalmente dão problemas de alinhamento, mas depois de algum reposicionamento (o bizú é sempre manter o decal bem umedecido, usando sem pena MicroSet e água) ele alinhou que nem acoplamento de nave espacial. Se pintasse jamais ficaria tão certo. E, se desse errado a faixa, o "Plano C" seria fazer o MR-U em combate, quando não tinha nada daquelas papagaiadas exceto a boca de tubarão. Sem faixa na cauda, cubo da hélice preto e etc. 3x0, placar garantido, o resto dos decais foi uma moleza só. Inclusive os estênceis da Eduard. Aí sim eu pintei aquelas peças de azul! Tudo OK? Nada!
Alguém se esqueceu de fazer um decal praquelas faixas antiderrapantes na raiz das asas (ou, melhor, alguém aqui esqueci de conferir se tinha decal pra elas).
Pintar o jeito é, diria Yoda.
Mascarar modelos com decais já aplicados sempre é um risco, e assim optei por um método de mascaramento menos agressivo, e mesmo assim somente após um par de demãos de future para selar os decais e dar algum grau de segurança quanto a corrigir algum imprevisto. A ideia é usar o mínimo de fita - e sempre que possível sem encostar nos decais já aplicados - e mascarar o resto todo com filme de PVC, aquele que a gente usa na cozinha. Excelente, o kit fica "plastificado" e como o PVC não adere não danifica nada. Fica a dica pra quem nunca tentou e precisa manusear o modelo já nas fases finais sem comprometer o acabamento. A faixa foi pintada com o excelente acrílico da K4 do amigo Richard Ordenes, do Chile. O resultado ficou bastante satisfatório para mim. Depois tem mais, está acabando!
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