Tullio, desta vez foi mais ou menos o seguinte:
- Pintura pronta;
- Verniz acrílico brilhante (usei brilho fácil);
- Decais;
- Sela com mais verniz brilhante, aplicado no aerógrafo em múltiplas camadas muito finas. Ficou um "espelho";
- Apliquei o wash com um pincel redondo (usei um Condor 425 número 6, sintético, ponta fina mas com um pouco de volume pra permitir traçar linhas um pouco mais longas - um número 0, p.ex. retém muito pouca tinta). Marquei só as linhas, espalhando o mínimo. Com o acabamento brilhante o wash flui por capilaridade. Diluí o wash com 20% de água pura;
- Fiz isso por setores. Neste Spit, 1/4 de cada asa, 1/4 da fuselagem.
- Marcado um "setor", deixei não mais que 5 min. secando - até o ponto de "ao toque" e tirei os excessos com um cotonete muito levemente umedecido com água. O tempo de secagem depende demais da temperatura do ar, da umidade, etc - não tem receita de bolo, tem que ir testando até conseguir tirar os excessos sem tirar também o wash das linhas.
- O efeito leva um tempinho, esse wash "aparece" mais quando seco. Eu usei um secador de cabelo pra acelerar a secagem e passar pro setor seguinte.
- Em locais onde as linhas são mais pronunciadas, reapliquei até o efeito ficar como eu queria.
- Nos escorridos de óleo, no ventre (wash sépia), isolei com fita as bordas dos painéis, se necessário, e fiz os escorridos com pincel. Aplique em camadas, aos poucos, sobreaplicando quando necessário pra dar mais densidade. Eu acho que ficou meio exagerado, mas várias fotos de Spits operacionais mostram que eles não cuspiam só fogo, eles também cuspiam óleo aos borbotões
É, dá pra ver eu não fiz da forma convencional, o "espalha tudo e depois limpa com um algodão", mesmo que por setores. Num teste que fiz antes numa superfície de provas, com o calor que estava fazendo, o wash "secava" rápido demais e (ou) exigia uma dose extra de esfregação pra sair, ameaçando o resto do acabamento, ou saía todo de uma vez. Difícil de controlar. Talvez numa noite mais fria, ou com mais diluição, fique tranquilo de se fazer. Mas é uma abordagem.
Quanto ao produto Wash Vallejo em si, é bom, mas o feito com a msitura (tinta óleo + terebentina + secante) é superior. Flui ainda melhor, seca no tempo certo e sai de forma controlada, desde que aplicado em uma superfície bem envernizada com acrílico e com o verniz
curado = pelo menos um dia de secagem, senão mais.
Este produto da Vallejo, porém, é perfeito pra washes menos críticos, como em interiores e pra fazer sombras em detalhes, figuras, motores, etc.
A despeito dos elogios (obrigado!

) o efeito ficou legal mas não me agradou tanto assim.
Neste modelo só fiz post-shade.
Ainda acho que a combinação de pre-shade com uma tinta bem diluída, explorando a transparência, complementada por um wash só nas partes mais críticas ainda deu um acabamento superior, como no Spit I da Airfix.
Espero ter ajudado, ou pelo menos dado munição pro debate...
